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13 setembro

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"Mandato histórico", regresso de Augusto Inácio e "projeto de 6 anos para a formação": Varandas, Oliveira e Nuno Sousa sobre futebol do Sporting

A aposta do clube com base na formação em grande análise

• Foto: Sporting CP

Depois de analisado o momento financeiro do clube, os três candidatos às eleições do Sporting no próximo dia 5 passaram a pasta para o futebol. Ricardo Oliveira deu o pontapé de saída no tema, garantindo que Rúben Amorim será o seu treinador caso seja o escolhido pelos adeptos leoninos. O candidato da Lista B deu mesmo a garantia de que fará "tudo para manter" o técnico que devolveu os leões aos títulos.

"O futebol está bem, não tenho problemas em o reconhecer, mas está bem agora. Esteve mal durante 2 anos. Rúben Amorim não foi a primeira escolha de Frederico Varandas, estava cá Peseiro e antes houve treinadores que eram a grande solução. Fora os que ele convidou e que lhe deram negas. Não é como se de repente tivesse visionado que [Rúben Amorim] era aquele. Acertou, é certo. É um excelente treinador, será também o meu. Farei tudo para o manter. É funcionário não do Frederico Varandas, mas da SAD do Sporting. Depois, pode querer, ou não, ficar. Perguntam-me pelo diretor desportivo, Hugo Viana. Terei uma pessoa muito forte para o futebol, que o vai coordenar, quer o futebol profissional como o de formação", começou por dizer Ricardo Oliveira, em declarações à Sporting TV.

Além de reconhecer a competência do técnico, Ricardo Oliveira diz que a sua ideia não é "mandar tudo embora", mas sim "aproveitar" algumas das coisas que Frederico Varandas durante o seu primeiro mandato. "Para já o Sporting tem essa pessoa [Amorim], e se está a vencer com o treinador atual não quero chegar e dizer que está tudo mal e vamos mandar tudo embora. Vamos avaliar. Não quero vir fazer uma política de terra queimada, há coisa que devemos aproveitar do que Frederico Varandas fez. Mas quero fazer melhor a outros níveis. O Sporting não é só um clube de futebol, há muita coisa para fazer além do futebol. Defendo aumentar receitas, temos de investir para criar valor. Defendo um balão de oxigénio que entre para possibilitar a treinadores como o Rúben Amorim que tenham uma estrutura com capacidade financeira para ter uma equipa que lhe permita competir com as equipas lá de fora. Hoje não o tem", acrescentou.

Já Nuno Sousa aproveitou o momento para tirar o pano sobre algumas das mudanças que quer implementar no clube, começando por revelar que intenciona fazer regressar Augusto Inácio, antigo jogador e treinador do Sporting, para o cargo de assessor do futebol, "uma espécie de diretor-geral, que devia sentar-se ao lado dos restantes administradores."

"Quero uma espécie de diretor geral, que devia sentar-se ao lado dos restantes administradores. Libertando o presidente de questões operacionais. Deve ser um coordenador do Sporting. Eu terei um assessor e posso comunicar em primeira mão que será Augusto Inácio. Ajudará a fazer a política desportiva e será conselheiro. Quebrou um longo jejum no clube. O Sporting tem tratado muito mal Augusto Inácio. Foi jogador da formação, campeão, treinador, dirigente e nem os parabéns são dados. Imaginem o que era daqui a 20 anos o Sporting não dar os parabéns a Rúben Amorim. É inaceitável não haver essa referência. A sua mãe faleceu há pouco tempo e nem condolências teve", começou por dizer, criticando, de seguida, algumas das aquisições feitas pelo clube sob o comando de Varandas. "São as duas faces da mesma moeda os resultados desportivos e financeiros. De notar que o Varandas não negou que o Sporting está em incumprimento, que o que estava em prospeto do empréstimo obrigacionista é verdade. Todas as suas aquisições são sempre feitas acima do que está indicado no Transfermarkt. Pagamos acima e ficamos com 50% do passe. Sou completamente contra. Uma coisa é fazer um negócio que seja oportunidade nestes moldes, agora fazer um paradigma disto… Imagine comprar uma casa acima do valor do portal de referência, pagarmos o empréstimo dessa casa, e quando fossemos vender estarmos obrigados a vender 50% do valor. Ninguém faria isso. Como o Sporting aceita que passe a ser este o paradigma? Uma coisa é certa. Todos os presidentes dos outros clubes já sabem o qeu podem pedir. O Sporting está a pagar a mais e Varandas passou a ser a bitola. Comparem o preço do valor no Transfermarkt com a compra. O Vinagre valia 5M€ e o Sporting está a comprar 10M€ por 50% do passe."

E prosseguiu: "Há uma coisa que acontece frequentemente. Varandas vai às AG's e fala dos resultados desportivos. Mas se algum sócio questiona algo do futebol, diz que isso é assunto da SAD. Os sócios são os donos do clube e o clube da SAD: tudo o que é politica desportiva deve ser sufragado nas AGs. Deve apresentar aos sócios. É o mínimo de respeito que deve haver", atirou.

Frederico Varandas recordou a aposta em Marcel Keizer, afirmando que o holandês foi "nos últimos 13 anos o treinador mais bem sucedido a seguir a Rúben Amorim". ""Eu fico contente por ver os candidatos satisfeitos pela gestão da parte desportiva, não tenho muito mais a dizer. Eu acredito que ambos são apaixonados pelo Sporting e seguem o clube há décadas, e quando se fala em dois anos erráticos... Foi um mandato histórico pois só no futebol são seis títulos mais que os rivais juntos. Acho que os treinadores que serviram o Sporting devem ser respeitados. Não é a área do Nuno ou do Ricardo, mas Keizer nos últimos 13 anos é o treinador mais bem sucedido a seguir a Rúben Amorim. E se formos a 2001, Marcel Keizer é o terceiro e comparando com Marco Silva, Leonardo Jardim. Quando se fala de uma época desastrosa ganha dois títulos", reiterou.

Sobre Augusto Inácio, Varandas preferiu "não fazer nenhum comentário", assinalando que não se esquece do momento em que conheceu a figura do clube "após a destituição de Bruno de Carvalho. "Em relação a Inácio por respeito institucional não vou fazer nenhum comentário pois gosto de preservar a imagem dos nossos atletas. Eu tenho memória, tal como os sócios, e não me esqueço quando o conheci, após a destituição de Bruno de Carvalho", disse.

Aposta na formação

Já sobre a aposta na formação, Varandas assumiu que essa "é e vai continuar a ser" o plano do clube, recordando o porquê das apostas de Daniel Bragança, Inácio ou Gonçalo Esteves na equipa principal em detrimento da formação secundária. "Sobre futebol e a Academia a nossa base é a formação e vai continuar a ser. Reformulámos os relvados, os quartos, criámos a unidade de performance, temos recursos humanos altamente qualificados, criámos o departamento de observação, temos uma metodologia de treino transversal a toda a Academia, reativámos a equipa B, a formação da Academia foi reconhecida ,como a melhor do ano, a sub-23 joga com, uma média de idade de 19, os sub-19 com 17. Cortámos custos e aumentámos o investimento da formação em dois milhões. A equipa B o que se passa é modelo no treino focado no jogador. Podíamos ter uma equipa B com o Daniel Bragança, o Inácio, o Gonçalo Esteves, creio que considera que essa equipa seria competitiva", terminou.

Ricardo Oliveira assumiu o "sonho" de construir uma Cidade do Desporto, com o intuito de construí-la em "Oeiras ou Odivelas". O objetivo do candidato pela Lista B passa por "colocar lá tudo o que é formação do Sporting, futebol e modalidades, à semelhança do que se faz nas grandes universidades americanas".

"O meu projeto tem um sonho: a Cidade do Desporto. Entendo o modelo de Frederico Varandas, não sei se concordo com esta coisa de os atletas jogarem num escalão acima. Entendo que há benefícios, mas também fui atleta de alta competição e há uma coisa que os atletas precisam de ganhar à medida que vão crescendo: a familiarização com a vitória. Se não dermos o sabor da vitória aos atletas, tenho alguma dificuldade em acreditar que esse modelo será vencedor a longo prazo. Do ponto de vista mental não sei se será benéfico, o futuro o dirá", e continuou: "Mas voltando à Cidade do Desporto, só poderá ser feita em Oeiras ou Odivelas. Será um local de identidade Sporting, gostava de colocar lá tudo o que é formação do Sporting, futebol e modalidades, à semelhança do que se faz nas grandes universidades americanas. Vamos manter o nosso estádio e Pavilhão João Rocha e multidesportivo, serão os palcos das grandes competições. Vamos investir na formação. É um projeto que não se faz em 2 dias, é um projeto para 6 anos, se o aprovarem - porque serão os sócios a decidir – e se eu conseguir angariar a parte financeira. Temos de viver como que temos, mas temos de pensar mais. O Sporting tem essa obrigação de formar homens e mulheres. Estou a pensar numa coisa grande, à Sporting."

Por Record
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