Matheus Nunes já decidiu: o médio do Sporting
quer mesmo jogar pela Seleção Portuguesa e, em conferência de imprensa de antevisão à partida dos leões frente ao Borussia Dortmund, falou sobre a escolha.
"Já sim, já tomei uma decisão. Falei com ambos os seleccionadores. Depois de pensar muito com a minha família e com o meu padrinho, cheguei à conclusão que para mim era melhor jogar pela seleção portuguesa. Passou muito por isso. Acho que vou ser mais feliz aqui. A minha família disse o mesmo, por isso tomei essa decisão e estou muito feliz", frisou, assumindo ter sido a "decisão mais difícil da carreira". "Cheguei a Portugal com 13 anos. Eu sinto-me português, também. Tenho muitos hábitos e cultura daqui de Portugal. Quando recebi a chamada para o Brasil, a primeira vez, foi um orgulho muito grande porque eu tinha esse sonho desde criança, quando morava no Brasil. Mas ao poder decidir entre uma seleção e outra, eu não ia sair daí a perder. Por isso, acho que que tomei a decisão certa e vamos ver", reforçou.
Depois de olhar para o futuro, o médio puxou a cassete atrás, por altura do mercado de transferências, e garantiu não ter recebido "qualquer proposta", apesar do interesse declarado do Everton. "Sei que houve muitas especulações, por parte dos jornais. Mas informação sobre alguma proposta para mim, mas me chegou nada. Por isso, o meu foco sempre esteve no Sporting desde o início. Para mim, quer houvesse essa possibilidade de sair, ou não, de ficar, jogar na Champions é sempre um aliciante muito grande, porque é o meu sonho desde criança. Como eu disse, essa parte das propostas não me chega a mim. Por isso, o meu foco desde o início da pré-época estava no Sporting", frisou.
Quando ao embate com o Dortmund, Matheus Nunes não embandeirou em arco com os elogios do técnico dos alemães, Marco Rose, e vincou que o leão vai jogar "olhos nos olhos". "Elogios? Eu tento não olhar muito para isso, porque o importante aqui não são as individualidades. Temos muitos outros jogadores. O Dani também tem muita qualidade, o Tabata também tem muita qualidade, o Ugarte… Sei que qualquer um deles no meu lugar também faria um bom trabalho, por isso eu tento não olhar muito para essa parte do individual, porque o que importa é a equipa", apontou.
A terminar, o luso-brasileiro enalteceu as qualidades dos companheiros, nomeadamente aqueles que disputam um lugar no meio-campo: "O Dani [Bragança]… Acho que a qualidade dele está à vista de todos. Tem muita qualidade técnica. É muito inteligente a jogar também. O Ugarte, apesar de ter pouco tempo com ele, deu para ver que ele tem umas características mais defensivas, é um ‘6’ muito forte, também tem qualidade com bola. O Tabata é mais um '10', mas têm todos qualidade para jogar. Agora a escolha do míster tem recaído entre mim e o Palhinha, mas a qualquer momento pode mudar e eu sei que eles estão preparados para o caso de isso acontecer, porque se estamos aqui no Sporting é porque todos temos qualidade para aqui estar."
[notícia atualizada às 16h14]