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22 setembro

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Nélson: «Quero ficar no Sporting pelo menos quatro anos»

O guarda-redes mostra-se orgulhoso por ter entrado no historial do clube ao conseguir a “dobradinha”. “Quebrámos um enguiço de duas décadas”, diz, confessando ter “muito para aprender”

Nélson: «Quero ficar no Sporting pelo menos quatro anos»
Nélson: «Quero ficar no Sporting pelo menos quatro anos» • Foto: Pedro Sá da Bandeira

UMA manhã diferente para Nélson. De visita à Escola Primária EB1 nº 5 da Póvoa de Santo Adrião, o guardião do Sporting foi recebido como um super-herói. Distribuiu autógrafos e foi submetido a uma sessão de perguntas, através do famoso sistema do dedo-no-ar, conduzida por meninos entre os cinco e os dez anos. A inocência da conversa, característica da “idade dos porquês”, não obstou a que a mesma aflorasse temas sérios.

– Porque defende tão bem?

– Nunca se sabe tudo. Sou novo e tenho muito para aprender.

– Qual a sensação de ser campeão?

– É muito bom alcançar os objectivos. A festa que se gerou à volta da equipa deixou-nos satisfeitos.

– Está há tanto tempo no Sporting. Porque não muda para o Benfica?

– Estou no Sporting há cinco anos e tenho contrato por mais quatro. Sou um profissional. Portanto, não posso dizer que jamais jogarei em outro clube. No fundo, faço parte de um negócio. Todavia, gosto do Sporting e aí quero ficar pelo menos mais quatro anos. Aliás, quem sabe se não jogarei em Alvalade até ao fim da carreira...

– Porque escolheu esta profissão?

– Enquanto estudei não pensava ser jogador. A minha ideia era ser professor de educação física. Depois, prestei provas e fiquei, conciliando o futebol com os estudos. Fui subindo e passei a profissional. Vi-me obrigado a terminar os estudos no 12º ano.

– Qual a sensação de começar a jogar futebol?

– Gosto de jogar desde miúdo. Mal soava a campainha da escola, a bola começava logo a saltar. Juntei o útil ao agradável, pois faço o que gosto.

– Os jogos particulares e os oficiais são encarados da mesma forma?

– Um jogo não é uma batalha campal. Existe respeito entre os atletas, apesar de todos quererem vencer. Por vezes, os jogadores ultrapassam os limites, mas, felizmente, isso já não sucede com frequência em Portugal.

– Quanto custou ao Sporting?

– Não faço a mínima ideia, mas certamente foi pouco.

– Qual é o melhor companheiro?

– É difícil escolher um. Todos os jogadores se dão muito bem no Sporting. Talvez os colegas mais antigos...

– Apesar de ter ganho a I Liga e a Taça, o Sporting sentiu dificuldades no início...

– É claro que foi difícil. Os adversários querem sempre ganhar aos “grandes”. Sentimos dificuldades no início, mas depois fomos regulares, o que se traduziu nos pontos conquistados que nos deram o Campeonato.

– Como se sentiu ao conquistar a primeira “dobradinha”?

– Muito bem. Há 20 anos que o Sporting não conseguia tal coisa. Quebrou um enguiço de duas décadas. É um orgulho fazer parte da história do clube. Aliás, há dois anos já havia quebrado um enguiço que durava há 18. Enfim, foram marcos muito importantes na minha carreira.

«Ida ao Mundial foi dos dias mais felizes da vida»

– CHEGOU a desanimar quando o Schmeichel esteve no Sporting?

– Não, caso contrário tinha saído do Sporting. Fui um privilegiado por ter tido a oportunidade de trabalhar com o Schmeichel, uma referência do futebol mundial. Foi uma felicidade privar com ele. A sua experiência ajudou-me em muita coisa. Espero que aquilo que aprendi com ele continue a ser-me útil.

– O que é preciso para se ser um jogador como você?

– É muito difícil chegar à posição onde estou. Atingi um patamar um pouco elevado. É preciso sacrifício, trabalho e sorte. Sem isso nada se consegue.

– Gosta de ser guarda-redes?

– Claro que sim. Ao princípio era avançado, mas houve uma vez que faltou alguém para actuar na baliza e fui para lá eu. Como tinha jeito, não me deixaram sair de lá. Enfim, gosto da baliza. É uma posição espectacular.

– Qual a sensação de ir ao Mundial?

– Sempre soube que esta época culminava com o Campeonato do Mundo. O meu pensamento passava apenas por ajudar o Sporting a atingir os objectivos. A época correu bem e o seleccionador chamou-me. É um orgulho para qualquer jogador representar a equipa das quinas, para mais num Mundial. O dia em que recebi a convocatória foi um dos mais felizes da minha vida. É um dos pontos mais altos da minha carreira.

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