Foi com grande emoção de Neto se despediu do Sporting, na cerimónia em que foi homenageado após o jogo com o Chaves (3-0).

"Costumo ter muitas palavras mas hoje está mais complicado. Vesti a camisola do Sporting, vivi muito este clube, senti por dentro como é especial. Hoje o Sporting está estruturado e talhado para continuar a ganhar. Faz parte do Sporting grandes recursos humanos, jogadores, staff, escritórios aqui na SAD, a academia também. Temos o mister (risos)... Sei que pela cultura do Sporting, e fui-me apercebendo disso, costuma-se dizer que é um clube zero ídolos, mas quero agradecer-vos aqui por me terem feito sentir parte do Sporting. Dizer-vos que o Sporting não é só o maior de Portugal porque assim nós o queremos, mas hoje o Sporting também ganha e ganha de forma incontestável como nós fizemos este ano. Obrigado", disse o central.

À Sport TV:

Alvalade parou para o homenagear no momento da substituição, os companheiros também. O que sentiu?

"Senti muito orgulho naquilo que foi feito desde o primeiro dia em que cá cheguei. É perceber que algo de mim ficará aqui no Sporting. O legado e a mentalidade que se respiram na academia, num clube que, na minha opinião, hoje está estruturado e direcionado para ganhar vezes consecutivas relativamente ao que tem acontecido historicamente. Ficam as boas memórias, os momentos bons e maus, os títulos, os momentos menos positivos. Fui sempre abraçado pela família sportinguista e isso não tem preço. Foi uma aventura feliz e uma jornada incrível, nunca conseguiria colocar nos meus sonhos algo parecido com o que aconteceu. Estou feliz por termos conquistado o título e estamos prontos para tentarmos trazer mais um na próxima semana".

Amorim disse, recentemente, que para os jogadores nunca é fácil não jogar, mas disse que nunca abdicava de o levar junto do grupo. Como é que um jogador entende isso?

"Quando não jogamos temos dois caminhos: todo o jogador vai rever-se no que vou dizer. Somos todos melhores pessoas e jogadores quando jogamos. Mas a partir de um certo momento, e eu sabia muito do que podia acontecer porque tive uma conversa com o mister, pude escolher entre dois caminhos: não ser uma influência tão positiva pela minha situação, mas eu optei pela segunda. Nunca me iria perdoar se não tivesse dado tudo e chegar a maio sem conseguirmos ser campeões. Optei por ser cheio de energia, contactar sempre com as pessoas da Academia, ser boa influência na Academia... Acho que fui esse pêndulo no seio do grupo e um bocadinho do que aconteceu quando saí espero que tenha sido o respeito do que representei todo o ano".

E o futuro?

"Ainda não é clarificador e eu preciso de tomar pequenas decisões familiares e pessoais para conseguir projetar o meu pós-Sporting".