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18 dezembro

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O presidente que deu voz aos sócios

Polícia Nacional de Angola abriu investigação para aferir causas da morte do antigo líder dos leões

Um "homem bom" que se prejudicou "por colocar o Sporting à frente de tudo" e que "deu voz aos sócios" apesar do curto mandato (sensivelmente um ano). Foi assim que os amigos e antigos dirigentes dos leões se referiram a Jorge Gonçalves, apenas um dia depois da triste notícia da morte do ex-presidente dos de Alvalade.

Record tentou saber o que representou o Bigodes na história dos verdes e brancos. Sérgio Abrantes Mendes, líder da MAG dos leões no mandato de Gonçalves, não esteve com meias palavras. "Estamos a falar de uma pessoa boa e de um grande sportinguista. Fez muito em prol do Sporting apesar do seu mandato ter sido demasiadamente criticado. Estragou a vida dele a favor do clube. Promoveu um clube onde os sócios voltaram a ter voz, com condições diferentes do que verificamos atualmente. Mas devolveu o clube as sócios. Digo sempre que tinha dois amores: o Sporting e África", assinalou a Record, seguido de Sousa Cintra, sucessor de Jorge Gonçalves na liderança da direção: "Recordo um grande sportinguista e um homem com grandes valores. Trouxe ao clube jogadores de grande qualidade. Nesta hora, apenas tenho a endereçar as condolências à família."

Vias naturais

Em informação avançada pela agência Lusa, Aristófanes dos Santos, porta-voz do comando da Polícia de Angola, revelou que será aberta uma investigação para aferir as causas da morte de Jorge Gonçalves. A mesma fonte afirma que este se tinha hospedado na unidade hoteleira de Luanda no dia 9 e que na manhã seguinte foi ao banco, tendo dito no regresso que não queria ser incomodado. Vai, agora, ser autopsiado.

Dívida foi paga por Soares Franco

Jorge Gonçalves reclamou durante vários anos dinheiro do Sporting o que fez com que o clube nomeasse uma comissão para apurar se o antigo presidente tinha ou não razão. Durante o mandato de Filipe Soares Franco (2005-2009), o inquérito realizado por Rui Ascensão, elemento do Conselho Fiscal, apurou de facto uma dívida dos verdes e brancos em relação a Jorge Gonçalves, mas simultaneamente – e de acordo com os documentos então disponibilizados – foram descobertos valores que, através de despesas, tinham sido levantados pelo presidente que dirigiu o clube entre 1988 e 1989. Entre o deve e o haver, foi reconhecida e paga, ainda pela direção de Soares Franco, uma verba a Jorge Gonçalves.

Cerimónia na terra que o viu nascer

Ainda sem confirmação oficial do horário em que irão decorrer as cerimónias fúnebres de Jorge Gonçalves, Record apurou que estas apenas serão marcadas quando a Polícia Nacional tiver o resultado da autópsia à morte do antigo presidente dos verdes e brancos. Recorde-se que o ex-líder foi encontrado morto na passada terça-feira por enforcamento. Ainda assim, certo é que Jorge Gonçalves vai a enterrar na terra que o viu nascer e pela qual nutria uma paixão ímpar: Luanda, em Angola, era a residência do antigo dirigentes nos últimos anos. Visitava Portugal de forma esporádica, sempre em negócios ou para ações promovidas pelo clube que liderou, como atos eleitorais, por exemplo.

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