Presidente da Mesa da AG da SAD, Bernardo Ayala, deixa alerta contra a “autocomplacência”
Após uma Assembleia Geral que aprovou por maioria esmagadora as contas de 2024/25, que registaram um lucro de 20 milhões de euros, o presidente da Mesa da AG da SAD, Bernardo Ayala, fez questão de sublinhar o grande momento dos leões mas não sem deixar um alerta: dormir à sombra dos louros conquistados é um erro que não deve ser cometido em Alvalade.
“Acho que o Sporting neste momento lidera o panorama desportivo nacional mas o mais difícil é manter a liderança, a curto, a médio e a longo prazo. E isso só se consegue mantendo os níveis de exigência altíssimos, sem autocomplacência, continuando a detetar os erros e corrigindo, continuando a detetar as áreas de melhoria e corrigindo, com a noção daquilo que é possível num país como Portugal, que tem limitações geográficas, económicas e sociais óbvias. Dentro dessas limitações, o percurso do Sporting nos últimos anos é absolutamente notável. Agora, só continuará a ser notável nos anos que aí vêm com muito trabalho, muita dedicação e, volto a dizer, sem cair na autocomplacência, que é aquilo que mais me assusta. Pensa-se que quando as coisas estão a correr bem podemos dormir tranquilos. Não, as coisas estão a correr bem mas podem correr melhor. E para os nossos adversários também podem vir a correr melhor. Portanto, temos de manter-nos um passo à frente. E a verdade é que eu sinto que isso está a acontecer, sinto que esse trabalho está a ser feito”, concluiu Bernardo Ayala, em declarações à Sporting TV, após a Assembleia Geral da SAD.
Ayala não tem dúvidas: o Sporting virou a página dos momentos complicados que se seguiram ao ataque à Academia em 2018.
“Quando esta Mesa da Assembleia Geral tomou posse em 2019, o clube e a SAD por inerência, porque andam de mãos dadas, vinham de um período complicado, por razões públicas que não vale a pena repetir. E as primeiras assembleias gerais, já não me refiro ao clube mas as da SAD, após 2019, foram exigentes e complexas. Começavam a meio da tarde e terminavam às 5h00 ou 6h00 da manhã, e eram duras. O que se foi notando em particular nos últimos dois anos é que há de facto um reforço de fé e de confiança no trabalho desta administração: por termos conseguido um bicampeonato ao fim de 71 anos, com a dobradinha histórica; por termos resultados positivos consecutivos; e agora também por vermos um estádio renovado, mais moderno. Tudo isto contribui para que os acionistas e os sócios olhem para a realidade do clube de outra maneira”, defende o líder da MAG da sociedade que gere o futebol verde e branco.
Com todos os cinco pontos da ordem de trabalhos aprovados com 99,99% dos votos, Bernardo Ayala congratula-se por uma AG que correu “forma magnífica, com o maior civismo e muito participada.” “O debate foi ultracivilizado, cada acionista teve liberdade para perguntar o que bem entendeu sobre os temas da ordem e trabalhos”, referiu, identificando o que é a “consequência natural de uma série de anos com sucesso desportivo e muita saúde financeira.” “A sociedade está hiper-sólida. Os relatórios e contas são claros quanto a isso. Mas é muito importante que não haja autocomplacência e que mantenhamos os níveis de exigência e de empenho muito elevados”, reforçou.
Na elite da Europa
Em concreto sobre as remunerações variáveis atribuídas ao presidente, Frederico Varandas (386,5 mil euros), e aos administradores executivos, Francisco Salgado Zenha e André Bernardo (289,875 mil euros), Bernardo Ayala defende que “aquilo que se deliberou decorre em linha reta do sucesso desportivo e do enormíssimo sucesso financeiro do ano anterior.” E destacou os números: “O Sporting teve um resultado operacional positivo no último ano superior a 45 milhões de euros, e eu devo dizer que só oito clubes na Europa conseguiram um feito idêntico. E desses oito clubes, cinco jogam em Inglaterra, um é alemão (o Bayern Munique) e dois são italianos. Portanto, nós estamos de facto num patamar e em companhia muito saudável”, sublinha.
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