Marco Ferreira explicou que Ângelo Correia, árbitro assistente do Santa Clara-Sporting (1-2), não estava a olhar para a bola no lance que originou o canto que deu a vitória aos leões porque "tem de estar focado na sua principal função, em perceber quando sai o cruzamento para ver a linha de fora de jogo". No programa Record na Hora, no Now, o especialista Record disse que se trata de um "erro", mas que nestes casos os árbitros nunca esperam que a jogada decorra desta maneira e que o juiz principal tem, naquela fase do encontro, "de estar focado na área".

"Esta imagem é interessante, porque se repararem, o assistente não acompanha a bola, não está a olhar para ali. E porquê? Porque tem de estar focado na sua principal função, em perceber quando sai o cruzamento para ver a linha de fora de jogo, que é a função dele. Os árbitros têm de esperar o inesperado. E qual é aqui o inesperado? Aqui neste lance 99% é normal e o 1% anormal foi o que aconteceu, a bola ressaltar num tufo de relva, parecendo um corte do defesa, que é o mais normal acontecer. Nunca esperariam um corte do Quenda, nem o assistente está focado ali e o árbitro tem de apoiar. Mas vamos ser sinceros, estávamos nos 90 minutos, o árbitro tem de estar focado nas áreas, pois é importante redobrar a atenção nas situações de contacto nas áreas. É uma situação ingrata para o assistente, é impossível pelas leis do jogo ele estar focado no pontapé do Quenda e ao mesmo tempo ver se está alguém em fora de jogo. Não estou a desculpar o erro, que é claro e óbvio, não deve acontecer, mas acontece muitas vezes, não com esta clareza mas às vezes no limite do 'toca, não toca', e os assistentes decidem por instinto", disse Marco Ferreira no Record na Hora.