Central recorda golo crucial frente ao Gil Vicente na temporada passada
Um dos momentos mais marcantes na temporada de 2024/25 do Sporting acabou por ser mesmo a vitória (2-1) por reviravolta dos leões frente ao Gil Vicente, a 4 de maio passado, o que permitiu que os bicampeões nacionais chegassem ao dérbi no Estádio da Luz, na jornada seguinte, na frente da Liga. Um triunfo fulcral na perspetiva dos leões e que foi destacado no documentário 'The Winner Takes It All'.
Ora, Eduardo Quaresma foi mesmo o autor do golo que deu a vitória aos verdes e brancos, algo lembrado pelo próprio central. "Entrámos e não estávamos tão fluídos e intensos. Eles do nada, um penálti e 1-0. Não tínhamos o Morten em campo... Depois aquela carambola do Harder e o Maxi faz um golaço. Dois ou três lances antes houve um canto em que o guarda-redes soca a bola e caiu ali. Eu estava um bocado longe e não cheguei, mas sabia que a próxima que caísse eu ia chutar. Ouço os misteres todos a dizer ‘vai para a área, vai para a área!’. E eu ‘vou para a área fazer o quê? A minha posição é aqui’. Vejo a bola a cair e disse ‘é agora’. Comecei a chorar. Há uma mística por trás desse jogo e golo que vai ficar sempre na história do clube", assumiu o defesa de 23 anos, o qual foi elogiado pelos companheiros.
"O golo do Edu foi histórico", apontou Maxi Araújo, enquanto Nuno Santos reiterou: "Jogo com o Gil foi muito intenso, estava quase a acabar o campeonato. Sabíamos que não podíamos perder pontos. Marcámos e vieram-me as lágrimas. Olho para trás e está a minha mulher a chorar."
Por sua vez, Rui Borges lembrou igualmente um jogo intenso. "O desespero da malta era tanto que estava a dizer ao Edu para ir para a área. Muito intenso. Acredito que foi o jogo do título", frisou. "Só quem esteve os 90 minutos no estádio, a sofrer, sabe o alívio que foi. Escolhe como o momento da época, é merecido", apontou ainda Daniel Bragança.
Já Hjulmand, na altura em risco de suspensão antes do dérbi com o Benfica, lembrou momento peculiar. "Lembro-me, estava em risco de suspensão para o Benfica. A forma como demos a volta ao jogo mostra o espírito de campeão que temos no Sporting", confessou.
Na jornada seguinte, o Sporting garantiu um empate (1-1) em casa do Benfica, um jogo celebrado dentro do balneário dos verdes e brancos. "Já sentiram o orgulho que milhares de pessoas têm em vocês. Eu tenho um orgulho do c*****. Não parem. Chegámos muito longe para parar. Sejam muito corajosos. Hoje é a nossa vida. Alguns dizem que é sorte, mas a sorte depende muito da força do nosso querer e acreditar. Como diz o meu amigo Gonçalo [Álvaro] é impossível matar uma atitude. Um golo mudava tudo. A maturidade fez a diferença", expressou Rui Borges, corroborado pelo capitão Hjulmand.
"Controlem as vossas emoções. Fiquem calmos, usem a cabeça. Há muitos fatores de fora. Fiquem calmos, são 90 minutos, não 45. Olhem todos os que estão aqui, reunidos, como uma família", apontou antes do dérbi que viu os leões prosseguir na liderança do campeonato.
Mais tarde, na ronda seguinte, o Sporting selou a conquista do título em Alvalade diante do Vitória, um momento recordado por Rui Borges. "Semana difícil. Queria que o jogo chegasse rápido. Era engraçado ser decidido contra o Vitória para mim teve um significado diferente porque era a minha anterior equipa, que respeito muito. (Palestra) Estamos aqui hoje por um propósito. Se estão aqui hoje é porque são especiais, diferentes", sublinhou o treinador de 44 anos, no documentário.
"Quando o árbitro apitou, naqueles 5 segundos em que cai a realidade e passa na cabeça tudo o que passámos na época...", apontou Matheus Reis ao lembrar os episódios antes da festa no Marquês de Pombal. "A viagem de autocarro até ao Marquês é das melhores coisas que tive na vida", assumiu ainda Bragança. Já Pote reiterou: "Há aquelas pessoas que quando bebem ficam estúpidas, talvez eu às vezes fique um bocado estúpido e sinta um bocado de vergonha, por isso não vou ver (risos) O que está dito, está dito!", brincou o camisola 8.
Poucas semanas depois, surgiu o momento da final da Taça de Portugal entre Sporting e Benfica, um dérbi em que os leões venceram e no qual Gyökeres foi peça chave.
"Lembro-me que ultrapassei um defesa e depois fui rasteirado por trás. Sabia que era penálti, nem havia discussão. Quando meti a bola na marca de penálti sabia para onde ia rematar. Só queria bater bem. Foi um dos meus melhores penáltis, para ser sincero", lembra o avançado sueco.
Já o colega nórdico, Hjulmand, teve um discurso diferente do habitual no balneário. "Tenho uma mensagem diferente para vocês. Três finais. Perdemos três finais. Um real campeão não perde finais. Esta, nem pensar. É nossa, c****. Ser bicampeão e fazer a dobradinha, fazer a minha história aqui... Significa tudo", expressou o dinamarquês na palestra no Jamor.
"Esse jogo é sempre especial pela mística, a festa, os adeptos. Ao intervalo sentimos que podia dar para um lado ou para o outro. 2-1? Tivemos um canto, alguém do Benfica corta a bola, eu vejo a bola perdida e faço um cruzamento e o Conrad subiu ao 2º andar e fez um golaço de cabeça. A partir daí sabíamos que o jogo não nos ia fugir porque estávamos a crescer", salientou igualmente Trincão, enquanto Rui Borges recordou uma semana pecualiar.
"Muito difícil ligar a equipa. Ligar os jogadores ao treino, acima de tudo. Foi acreditar até ao último minuto. A arrancada do Vitkor, no ganhar do penálti, fazer o golo, acreditar no prolongamento que ia dar para nós... Foi a demonstração do que era o nosso caminho até ali", destacou o treinador de 44 anos.
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