Lembra-se de Héctor Yazalde, Beto Acosta ou até mesmo de Aldo Duscher? Os três têm em comum o facto de serem argentinos e de terem deixado em Alvalade não só o seu cunho, mas também aquilo que muitos não conseguiram: a saudade.

Nunca o leão foi, ao contrário, por exemplo, dos seus rivais, um clube virado para o mercado alviceleste, mas 2013/14 abre uma oportunidade incomum no seu novo elenco. Com as presenças de Marcos Rojo, Rinaudo e Valentín Viola, que transitam de 2012/13, o Sporting terá, pela segunda vez na sua história, pelo menos três futebolistas argentinos na equipa principal.

Na última época, não fosse a saída de Insúa para o At. Madrid e os verde e brancos teriam mesmo um quarteto das pampas a colorir uma equipa já por si multicultural. Para o futuro, certa será a importância da referida tríade no planto desportivo que Leonardo Jardim tem vindo a preparar nas últimas semanas.

Caso... a caso, Rojo, de 23 anos, surge nas opções do madeirense como um central rápido e com bom jogo de cabeça, qualidade que o técnico aprecia num futebolista que atue no eixo do sector mais recuado. Na última temporada, somou 33 jogos nos quais marcou por uma ocasião. Mais à frente, o “capitão” Rinaudo, de 26, anos, garante um meio-campo forte, com capacidade de choque mas com algum défice de altura. Aí, o futebolista que em duas épocas no Sporting registou 48 partidas e 2 tentos, terá a “concorrência” de Eric Dier, ele que deve mudar da posição 8 para a posição 6. Na frente, o jovem Viola, de 21 anos, surge como aposta para uma das alas: apesar de só ter apontado 2 golos em 28 jogos, Titín já afirmou que não se sente confortável a 9. Jesualdo Ferreira deu-lhe o corredor. Viola agradeceu.

Ponta final decisiva para cimentar posição

• Naquela que ficará para a posteridade como uma das piores temporadas de sempre na história do Sporting, salva-se o trabalho desenvolvido por Jesualdo Ferreira na ponta final da mesma e que acabou por valorizar futebolistas que arrancaram 2012/13 a meio-gás. Para além de Eric Dier, Tiago Ilori ou mesmo Wolfswinkel, também a tríade argentina beneficiou dos conhecimentos do professor, atualmente a comandar os destinos do Sp. Braga. Vejamos: de dúvida, Rojo passou a titular, tal como Rinaudo, camisola 21 que apenas falhou um jogo com o professor. Já Viola esteve com um pé fora de Alvalade, mas beneficiou da vontade de Jesualdo.