Vice-presidente do clube de Alvalade volta a abordar mercado que se avizinha e promete uma nova experiência para os adeptos no estádio
Tal como havia sido transmitido na véspera, Francisco Salgado Zenha assume que "a probabilidade do Sporting vender é alta" mas, nesta fase, o clube de Alvalade consegue gerir melhor a forma tal como é feito. Em entrevista à CNN, o vice-presidente dos verdes e brancos traçou uma análise pela maneira como o emblema de Alvalade tem gerido as finanças, deixando claro qual o modelo de negócio a ser adotado.
"O nosso modelo de negócio tem sido assente na formação e esse é o nosso ADN. Em 2018, quando foi a redução de custos, o natural foi apostar na formação, voltar às origens, algo que não estava a acontecer. Isso é fácil de traduzir em números. Temos uma liga portuguesa que está a concorrer com grandes ligas europeias e que são as maiores economias europeias. Nós somos a vigésima maior economia. Algo fazemos bem na formação. A Seleção portuguesa é a quarta mais valiosa do Mundo e somos a 47ª economia mundial. A Seleção portuguesa é composta por jogadores formados em Portugal e o Sporting tem um quota parte importante nisso. O modelo está aqui e fazemo-lo bem. O modelo desportivo e económico deve ser assente na formação. O modelo de negócio também tem de ser assente em comprar cada vez melhor, vender e desenvolver muito bem", assumiu o vice-presidente com o pelouro das finanças do clube, antes de desvendar um pouco como o campeão nacional pretende proporcionar outra experiência a sócios e adeptos.
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"Também há o modelo de negócio assente no entretenimento e isso temos de desenvolver e melhorar. Melhorar e ser mais eficientes no modelo do entretenimento. Haverá novidades em breve. A ideia é melhorar a experiência do adepto e sócio. É esse que não fazemos como queremos ainda. O nosso maior ativo são os adeptos. Temos verdadeiramente um negócio que vive à volta dos adeptos. Se o estádio estiver vazio, não estamos aqui a fazer nada", deixou claro, apontando também ao futuro: "Gostava de estar ainda mais satisfeito do que estou hoje. Significaria que teríamos mais títulos e que estaríamos mais próximos de dar a tal felicidade não só dos resultados desportivos, mas também da experiência de estarmos aqui neste estádio. Quem está na bancada estar cada vez melhor e ter cada vez mais gosto de vir aqui. É isso que procurava."
Além de garantir igualmente que o Sporting tem capacidade para segurar Gyökeres, principal alvo do plantel leonino e seguido por vários tubarões, no próximo mercado de transferências - "o clube tem recursos para segurar Gyökeres, quer sempre segurar os melhores jogadores, mas temos de esperar pelo mercado e ver o que acontece", assumiu - Salgado Zenha aponta os pontos chave para o modelo de negócio do Sporting.
"É uma fase de expansão da marca Sporting, expansão do negócio Sporting e crescimento competitivo do ponto de vista desportivo e económico. Hoje sim temos capacidade para andar para a frente nessa expansão. Em 2018 não tínhamos essa capacidade e tivemos de dar o passo atrás, reduzir custos, para dar os dois à frente e estar nesta fase. Chave foi claramente o campeonato de 2020/21, o de 2023/24 e a conclusão da reestruturação financeira com os bancos. Escolho estes três porque claramente foi a confirmação de que o nosso plano fazia sentido e estávamos no caminho certo, o campeonato de 2023/24 porque foi a confirmação desse plano, que somos um clube competitivo. Tínhamos um acordo muito castrador com os bancos, portanto com a conclusão desse acordo e deste processo de reestruturação financeira, hoje temos mais oxigénio e mais capacidade para expandir", admitiu.
De resto, o vice-presidente leonino abordou a maneira como o clube de Alvalade tentará aproximar-se do nível de outros emblemas europeus. "O modelo do Sporting é um modelo que tem de assentar sempre em aproximar-se dos concorrentes europeus. E tem de ter ferramentas para isso. É um clube vendedor para ser cada vez mais competitivo a nível europeu. O Sporting fechou 2022/23 com cerca de 125M€ de receitas operacionais, sem transações de jogadores e esteve na Champions. Um clube do meio da tabela da Premier League faz duas ou três vezes mais. O Sporting faz mais ou menos 20 M€ em bilhética, que inclui camarotes, corporate, etc... o chamado matchday gateway. Um Ajax, Rangers ou Celtic faz quase 50 M€ de match day, faz mais do dobro do Sporting. Somos uma economia muito mais frágil do que os concorrentes europeus. Temos de arranjar formas de lá estar nas provas europeias e ser competitivos. Temos de continuar a trabalhar bem o negócio do futebol e continuar a gerar rendimento desportivo e económico com jogadores e, ao mesmo tempo, temos ir mitigando a necessidade de vender jogadores. Temos de vender para sermos capazes de fazer isso. Não somos obrigados a vender. Podemos gerir o nosso timing. Vendemos todos os anos, mas gerimos o nosso timing", frisou.
Na entrevista concedida, Salgado Zenha explicou ainda a reestruturação da dívida realizada com os bancos e a importância de tal decisão na gestão da SAD leonina. "Tínhamos um acordo muito castrador com os bancos, portanto com a conclusão desse acordo e deste processo de reestruturação financeira, hoje temos mais oxigénio e mais capacidade para expandir. Era altamente frustrante. Quanto maior o sucesso do Sporting, mais acelerava a amortização de dívida e a verdade é que aquilo que conseguimos receber acima daquilo que eram as nossas expectativas, acabava por ser transferido para os bancos e não pela nossa capacidade de investir mais, expandir e ser competitivos. Isso era frustrante e estava a limitar a capacidade do Sporting crescer. Não era bom para nenhuma das partes", concluiu.
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