Miguel Braga lamenta recusa dos rivais em aprovar propostas leoninas sobre o VAR, com críticas também ao Conselho de Arbitragem
Miguel Braga deixou críticas aos rivais Benfica e FC Porto por terem reprovado, na AG da Liga, a proposta do Sporting, que pretendia o acesso às gravações das conversas entre a equipa de arbitragem e o VAR, para uso de prova em sede de procedimento disciplinar.
"Medidas estruturais, como o acesso às gravações das conversas entre a equipa de arbitragem e o VAR, para uso de prova em sede de procedimento disciplinar – para não ir mais longe e falar na constante resistência contra aquilo que já podemos ver em outras modalidades, como no rugby, em que os árbitros explicam as decisões aos capitães, explicação essa audível no estádio e nas transmissões de televisão, com inegável valor didáctico −, ou até outras, mais simples, como o mudar de lado do banco de suplentes, que permitiria minimizar a pressão das equipas da casa sobre as equipas de arbitragem", disse o responsável pela comunicação leonina no editorial do 'Jornal Sporting', visando também o CA da FPF: "Também o Conselho de Arbitragem da FPF deu parecer negativo à nossa proposta sobre os áudios argumentando que a FIFA e o IFAB são contra. Há dez anos também eram contra o VAR que hoje tem a importância que tem. Estar na vanguarda implica isso mesmo, mudar as mentalidades, liderar os processos."
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"A mudança requer coragem e não desculpas para justificar o desfasamento entre a reprovação das propostas apresentadas e o discurso público de alguns. O Sporting CP continuará a trabalhar em prol de um futebol mais transparente, mais justo e mais moderno. E, por certo, continuará também a lutar sempre contra este sistema instalado que insiste em não mudar", finalizou Miguel Braga.
Leia o editorial na íntegra:
Para modernizar e tornar mais transparente o futebol português, o Sporting CP apresentou esta semana na Assembleia Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional várias propostas nesse sentido.
Da mesma forma que só nos podemos congratular pela aprovação da proposta para que as sanções de suspensão passem a ser cumpridas obrigatoriamente entre a data do primeiro e do último jogo oficial de cada época – acabando de uma vez por todas com os famigerados "castigos nas férias" −, não podemos deixar de lamentar que os nossos rivais tenham recusado a aprovação de medidas que melhorariam o futebol português.
Medidas estruturais, como o acesso às gravações das conversas entre a equipa de arbitragem e o VAR, para uso de prova em sede de procedimento disciplinar – para não ir mais longe e falar na constante resistência contra aquilo que já podemos ver em outras modalidades, como no rugby, em que os árbitros explicam as decisões aos capitães, explicação essa audível no estádio e nas transmissões de televisão, com inegável valor didáctico −, ou até outras, mais simples, como o mudar de lado do banco de suplentes, que permitiria minimizar a pressão das equipas da casa sobre as equipas de arbitragem.
Também o Conselho de Arbitragem da FPF deu parecer negativo à nossa proposta sobre os áudios argumentando que a FIFA e o IFAB são contra. Há dez anos também eram contra o VAR que hoje tem a importância que tem. Estar na vanguarda implica isso mesmo, mudar as mentalidades, liderar os processos.
Em Dezembro de 2020, o Sporting CP promoveu o webinar "VAR Future Challenges" que reuniu vários especialistas internacionais para auscultar problemas e debater possíveis soluções para melhor utilização da ferramenta que chegou para ficar no futebol: o VAR. Relembro que estiveram presentes Paddy O'Brian e Nigel Owens, árbitros internacionais de rugby (modalidade com a sua própria versão do VAR, designada TMO – Televison Match Official), Keith Hackett, antigo árbitro inglês de futebol, Greg Barkey, árbitro da MLS (Liga Norte-Americana de futebol), Gijs de Jong, secretário-geral da Federação Holandesa de Futebol, Alexander Ernst e Jochen Dree, da Federação Alemã de Futebol, Helena Pires, da Liga Portugal e também José Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). 18 meses depois, parece que ainda não começámos a caminhar rumo a um futuro melhor.
A mudança requer coragem e não desculpas para justificar o desfasamento entre a reprovação das propostas apresentadas e o discurso público de alguns. O Sporting CP continuará a trabalhar em prol de um futebol mais transparente, mais justo e mais moderno. E, por certo, continuará também a lutar sempre contra este sistema instalado que insiste em não mudar.
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