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18 dezembro

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Tudo o que foi dito pelos candidatos no debate

Questões financeiras e desportivas foram os temas abordados...

O debate entre os candidatos, em direto
O debate entre os candidatos, em direto • Foto: PEDRO FERREIRA

O primeiro debate entre os três candidatos à presidência do Sporting, na SIC Notícias, ficou marcado pela abordagem feita aos temas relacionados com as finanças e com a gestão desportiva do clube.

Carlos Severino, Bruno de Carvalho e José Couceiro apresentaram as suas propostas, num debate em tom ameno. O líder da Lista A destacou, novamente, a "mais-valia" do acordo com a "Cruyff Football" e referiu que vai negociar com o BES, tendo ainda mais dois bancos portugueses interessados.

Já Bruno de Carvalho referiu que confia em Jesualdo e, no que respeita a questões financeiras, adiantou que apenas ele explicou de forma clara o processo da reestruturação financeira dos leões.

Por fim, o candidato da Lista C, José Couceiro, adiantou que os investidores são estrangeiros e que a formação terá de ser bem aproveitada.

Consulte, em baixo, as ideias de cada candidato para o Sporting.

- MODALIDADES

- Carlos Severino:"Queremos ressuscitar o ciclismo. É uma modalidade cara mas queremos arranjar patrocinadores."

- Bruno de Carvalho:"Temos de perceber que a aposta no ecletismo é total. Isso permite-nos ser a maior potência nacional. Queremos apoiar as 35 modalidades. Todas têm de ter a sua base na formação e terão de ser autossustentáveis."

- José Couceiro:"Temos de apostar em todas as modalidades, mas é fundamental ter capacidade para arranjar o nosso pavilhão."

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- FUTEBOL

- Bruno de Carvalho:"Sempre que se vende jogadores para pagamento de dívidas, o jogador é vendido por 10 por cento do preço de mercado. Vendas a saldo têm de acabar."

"Vamos ter atenção aos nossos jogadores, aos que estão emprestados, para além da nossa formação. Temos interesse que alguns regressem."

"Jesualdo? É com ele que vou trabalhar a partir de dia 24. Sempre disse que não há incompatibilidade e impedimentos para que não continue no clube."

- Carlos Severino:"Presumo que os jogadores mais valiosos tenham sido vendidos a fundos e isso preocupa-me. A maior parte dos jogadores são do Sporting. Sei que o clube tem 100 por cento de Boulahrouz, dos outros não tem."

"Perguntei [a Nobre Guedes] se Patrício estava vendido a um clube. Disse-me que não. Perguntei se estava vendido a um fundo. Não houve resposta..."

"Couceiro podia ter implementando esta estratégia da formação quando esteve no clube. Eu farei, seguramente. Pertenci a uma estrtutura campeã. Estou a pensar em criar uma equipa C no Sporting, mas ainda não sei em que moldes, para dar sustentabilidade aos jovens desde as escolinhas. Contratar Jorge Jesus? Ele veste-se como o Cruyff e nós falámos com o Cruyff, dizendo-lhe que um treinador em Portugal gostava muito dele. Cruyff disse: 'Então metam mais 20 por cento no orçamento e levem-no'".

"Não chamei infiltrado a Jesualdo mas isso fez com que os jovens fizessem uma exibição de mão cheia. A agitação serviu para que o discurso mudasse e a equipa se aplicasse mais."

- José Couceiro: "É grave vender ativos para pagar dívida. Isso não dá ao Sporting a capacidade que o clube necessita para ser o que pretendemos. Não admito ser subalterno. Moutinho não pode ir para um rival direto e antes podia ter ido para outro clube. Quando entrei no Sporting o Izmailov estava fora."

"Restam dois jogadores desde que saí, Patrício e Cédric. Para ter a nossa identidade e sucesso, é preciso uma estrutura identificada connosco. Não é dizer que vamos apostar na formação, é ter uma estratégia. O Sporting teve no máximo 38 por cento de jogadores da Academica na equipa principal. A cadeia de produção está a ter falhas. Sabendo o Sporting o mercado em que está inserido, temos de perceber que é preciso manter a unidade da equipa mas perdendo jogadores de maior potencial. O difícil é criar esta estrutura. É fácil chegar com vassoura mas sem "know-how". Eles têm de ganhar o seu próprio espaço. Nesse ano, em que ficámos em 3.º, tínhamos o Tiago, o Carriço, que sentia o Sporting, entre outros."

"Só deverá ter conversa com Jesualdo quem for eleito mas todos estamos satisfeitos com evolução recente. Quando formos eleitos vamos ter uma conversa. Mas há confiança nele. Ele também tem de mostrar vontade em ficar e faz parte do projeto. Temos alterado constantemente as lideranças e é preciso estabilidade. Treinador tem de ter estabilidade."

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- QUESTÕES FINANCEIRAS

- Carlos Severino: "Tenho apoio de entidades financeiras, desportivas, que vão investir nos nossos valores. Isso trará mais-valias ao clube. Temos falado na redução para metade do orçamento, que é de 42 milhões. Desde já garantimos que isso será reduzido para metade. E teremos um teto salarial.

"Vamos reunir amanhã com um elemento do BES e fiquei agradado pelo facto de ele ter dito que me tenho empenhado para resolver os problemas. Os bancos não tem recebido um cêntimo ao longo dos anos. O Sporting gasta 5 milhões por mês e recebe um milhão. O BES disse que este princípio, o nosso, é o mais correto. Vamos propôr alargamento de prazos e aumento de spreads. Nem sabemos ao certo quem são os jogadores do Sporting...."

"Temos também dois bancos portugueses interessados, mas não posso divulgar os nomes. Essas entidades só podem aparecer se ganhar. Os bancos portugueses financiam os 25 milhões. Amanhã falaremos então com o BES para perceber se eles estão interessados em participar na reestruturação e financiamento. Estaremos abertos a negociar."

"Temos três anos para assumir que o Sporting pode ser campeão, com uma equipa assente na formação e verdadeiros reforços. Não com Pongolle ou Bojinov. Para além das soluções bancárias, temos esta solução que ninguém tem (acordo com Cruyff Football)"

"Os bancos não estão interessados em entrar no capital da SAD mas nós temos parceiros interessados. Podemos também dispersar o capital nos sportinguistas. Temos essas propostas"

- José Couceiro:"Quem é candidato à presidência tem de ser responsável. Por isso tive de conversar com os credores. Mas não estabelecemos todos os contactos. O Sporting prometeu sempre um ciclo virtuoso e entrou num ciclo vicioso. Aumentámos a massa salarial para valores excessivos. Não há condições para ter uma conta de exploração equilibrada e, por isso, o clube perdeu credibilidade no mercado."

"O Sporting está numa situação crítica. Não podemos aumentar o capital, nos moldes em que são feitos. Quando admito a perda da maioria do capital este faz-se com um acordo parasocial. Não podemos deixar que o Sporting fique prejudicado, se isto for tomado de forma excessivamente liberal."

"Investidores são estrangeiros. Mas o importante é que haja capital e não saber quem são, de forma a ultrapassar esta situação. Não é a nacionalidade da operação mas sim a sua credibilidade. Nesta negociação, temos de alargar os prazos e a banca sabe disso. A banca é um parceiro. Se entrarmos em insolvência, todos perdem. A UEFA quer um grande exemplo e, de todos os que estão debaixo da alçada, o Sporting é o maior emblema. Os sócios saberão aquela que é a melhor solução. O ideal é dispersão de capital, pois continuamos a ser maioritários. Mas num quadro difícil temos de falar a verdade e, por isso, há essa possibilidade [de perda da maioria], mas a AG é soberana."

"Sporting é um clube desportivo e esta crise tem origem numa má péssima gestão desportiva. Neste momento é a principal causa da situação. É aí que podemos melhorar. Cada um de nós tem um plano de reestruturação para o Sporting"

- Bruno de Carvalho: "Fizemos um plano de gestão financeira rigoroso. Ela tem vários pontos: a questão da fusão e do fair-play financeiro. A fusão os sócios já aprovaram mas tem de estar inserida num plano percetível. O Sporting não pode perder a maioria da SAD. Depois, temos de negociar o prazo de pagamento da dúvida, para 60 anos. Falando com cada funcionário, há que negociar esta reestruturação, para pagarmos os nossos compromissos e fazer uma gestão desportiva."

"Nunca foi explicado, da maneira como o fiz, o que é um processo de reestruturação. O problema são as medidas avulso, nunca se percebia qual era a intenção. Pela primeira vez ouviram o que é um processo de reestruturação. Temos assegurado o dinheiro para as necessidades. Tem de acabar a mania de virem para o Sporting mandar, pois não somos miúdos."

"Quando apresentei os investidores, há dois anos, a nacionalidade passou para um adjetivo. Há parceiros interessados para a entrada de capital, no imediato, entre 15 e 20 milhões de euros."

"Os principais credores querem um Sporting forte, ou não pagamos dívida nem temos resultados. É necessária uma exigência máxima mas não podemos prometer que tudo será uma maravilha."

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Segue-se Bruno de Carvalho: "Sporting é um clube de forte gente e é isso que temos de trazer, 'o made in Sporting'. Temos de ter o nosso orgulho no topo. Estas últimas gestões não contribuiram para isso mas temos uma identidade e somos a maior potência desportiva nacional. É preciso rigor e competência."

José Couceiro é o segundo: "Sporting tem tido os seus problemas. Passamos pela maior crise de sempre. Não devemos ter qualquer dúvida sobre a nossa identidade"

Começa Carlos Severino: "Sporting perdeu gás quando investiu de forma descontrolada. Mas o Sporting tem tudo para ser feliz. Jogadores estrangeiros que vieram não tem qualidade e fizeram do clube um entreposto.

José Couceiro, Bruno de Carvalho e José Couceiro estarão frente-a-frente, na SIC, para o primeiro debate antes das eleições no Sporting.

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