Miguel Poiares Maduro lança apelo no Facebook
Miguel Poiares Maduro divulgou na sua página de Facebook um "apelo em conjunto com outros sportinguistas e aberto a todos os que o quiserem fazer".
Num longo texto - que é subscrito por várias personalidades do universo leonino -, o antigo presidente do Comité de Governação da FIFA e assumido adepto do Sporting, passa em revista o atual momento do clube de Alvalade, deixando várias mensagens ao presidente dos verde e brancos, Frederico Varandas. Leia a mensagem na íntegra:
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"Eis um apelo que subscrevo hoje em conjunto com outros Sportinguistas e aberto a todos os que o quiserem fazer:
Nenhum sportinguista pode deixar de estar seriamente preocupado com a situação do clube. É o caso de qualquer um de nós. Mas, entre nós, temos também ideias distintas sobre a forma de a ultrapassar. Entre aqueles que assinam este texto estão Sportinguistas muito diferentes, incluindo quanto às posições adotadas nas últimas eleições: alguns votaram nesta Direção, outros em uma das alternativas, outros ainda defenderam um caminho diferente, que passava pela convergência entre várias dessas candidaturas. É assim, também, natural, que existam entre nós diferentes juízos sobre o que fazer perante esta crise e que conclusões retirar para a atual Direção.
Apesar destas diferenças e divergências, une-nos o amor pelo Sporting e o discernimento de que esse amor pelo clube exige de nós procurar superar essas divergências, contribuindo para a construção de uma plataforma comum que ajude a apontar um caminho para sair da crise.
Nada nos entristece mais do que assistir à transformação de divergências naturais, quanto ao melhor caminho para o clube, numa guerra de fações entre sócios do clube. O clube encontra-se num círculo vicioso: existem profundas clivagens internas; estas geram instabilidade e impedem a cooperação necessária entre todos; tudo isto contribui para o insucesso desportivo; este insucesso, acentua, por sua vez, essas clivagens internas. Todos devemos refletir sobre esta dinâmica destrutiva que se instalou no clube. Todos temos responsabilidades e todos temos de contribuir para a ultrapassar, mas o exemplo tem de vir de cima. Superar o clima atual é fundamental para preservar aquilo que nos dá identidade como clube: partilharmos todos da mesma paixão desportiva. E só superando esse clima teremos as condições necessárias, ainda que não suficientes, para o sucesso desportivo que alimenta essa paixão.
Depois dos acontecimentos recentes no clube qualquer Direção teria desafios muito difíceis pela frente, ainda mais no contexto dessas fortes clivagens internas. O ideal teria sido que das últimas eleições tivesse resultado uma Direção com uma margem de apoio clara e alargada e que essa Direção pudesse beneficiar das contribuições e competências de sportinguistas com sensibilidades e perspetivas diferentes, mas unidos por uma mesma paixão construtiva. Tal abrangência e base de apoio e de competências alargada eram fundamentais para transmitir a autoridade e confiança necessárias a que qualquer projeto não implodisse perante as primeiras dúvidas e dificuldades. Sejamos claros, a estabilidade por que tantos clamam e de que o clube tanto necessita para atingir o sucesso desportivo, só é possível, de forma sustentada, com um projeto gerador de enorme confiança e beneficiando de uma ampla mobilização e apoio por parte dos sócios e adeptos. Para conseguir essa confiança as escolhas quantos aos principais responsáveis dos diferentes níveis de gestão (incluindo treinador, mas começando bem a montante na cadeia geradora de valor desportivo e financeiro) deviam recair em pessoas cujo trajeto profissional e competências fossem inquestionáveis e suscetíveis de mobilizar os sócios. Um clube com uma trajetória de sucesso pode fazer apostas de risco. Um clube em permanente instabilidade não tem essa margem. As escolhas desses profissionais merecem um investimento equivalente ao que se faz num jogador. Devíamos estar a discutir como conseguir esses profissionais para a SAD, em vez de estar a discutir o que os membros da Direção do clube decidiram pagar a si mesmos enquanto gestores da SAD, comprovando os problemas com o modelo de governo do clube.
A outra prioridade absoluta, que o Presidente anunciou na campanha, mas não concretizou na prática, era unir os Sportinguistas. A Direção deveria ter começado por estender a mão às outras candidaturas e à sua base de apoio, envolvendo alguns na própria gestão do clube. Devia também ter procurado novas contribuições, e reforçado as suas competências, fazendo apelo a sportinguistas com diferentes sensibilidades e perspetivas. Fundamental para superar a desconfiança e promover a unidade era também uma política de enorme transparência, irrepreensível na prevenção dos conflitos de interesse, e que iniciasse uma profunda reforma do modelo de governo do clube.
Infelizmente, quer as escolhas feitas quer a relação estabelecida com os sportinguistas, não seguiram estas duas grandes prioridades. Aquilo que transpareceu, correta ou incorretamente, para os sportinguistas foi uma Direção sem dúvidas, mas com escolhas profundamente subjetivas, facilmente confundíveis com arrogância, e que, aos primeiros fracassos, mesmo perante dúvidas legitimas ou críticas respeitosas, reagiu com alguma soberba e enorme agressividade. Temos consciência de quão difíceis devem ser alguns dos desafios enfrentados por esta Direção. E não ignoramos que, desde o início, alguns esperam e pretendem o seu fracasso, criticando com um mero objetivo destrutivo. Mas muitos não o fazem dessa forma. Muitos têm simplesmente as dúvidas normais dos adeptos perante resultados desportivos negativos. E mesmo os que exprimem críticas, e não meras dúvidas, têm de ser respeitados. Alguns de nós intervieram no passado recente do clube, não por razões de oposição à política de gestão desportiva, mas por não poderem compactuar com um clima que confunde críticos com inimigos do clube. Nenhum de nós aceitará qualquer regresso a uma forma de dirigir o clube que confunda essas dimensões. No atual contexto a direção tem uma responsabilidade acrescida de liderar através da tolerância. Essa responsabilidade é ainda maior perante a circunstância de o atual Presidente ter desvalorizado muito dos potenciais desafios e valorizado as suas competências para lhes responder.
Como começámos por escrever, há uma divergência entre nós sobre as conclusões a retirar deste diagnóstico. Alguns entendem que os erros cometidos até agora são suficientes para exigir a demissão desta direção. Há outros que entendem que colocar em causa a direção tão cedo no seu mandato cria um precedente que apenas alimentará mais a instabilidade e não oferece à direção uma oportunidade razoável de resolver os atuais problemas. Sejam uns sejam outros concordamos, no entanto, num ponto. Se quiser ter esperança de poder continuar a contar com o apoio de alguns de nós ou poder passar a ter o apoio daqueles que neste momento já não lhe o oferecem, o Presidente terá não apenas de demonstrar as competências que afirmou ter, mas de lhes juntar as competências da humildade, abertura e tolerância. Terá de perceber que este não é o tempo para se comportar como um soldado numa guerra, mas sim como um líder capaz de construir a paz.
André Paula Santos - 13.524
Bernardo Lobato da Fonseca - 21.596
Carlos Martins - 79.314
Daniel Joanes - 44.889
Duarte Vasconcelos Sanches - 77.948
Eduarda Proença de Carvalho - 35.841
Fernando Penim Redondo - 74.007-0
Francisco Navarro - 2.595
João Vilela - 28.441
Jorge Sanches - 3.149
Luis de Sousa - 74.007-0
Manuel Cid Gonçalves - 32.735
Martim de Magalhães Pereira - 117.253
Miguel Leal - 79569-0
Miguel Paiva Gomes - 43.112
Miguel Poiares Maduro - 25.109-0
Miguel Xara Brasil - 6.141
Nuno Wahnon Martins - 20.631
Nuno Vieira - 5.816
Pedro Batista - 94.312
Paulo Santos - 75.694
Philippe Raingeard - 16.565
Ricardo Ferreira - 106.367
Rita Garcia Pereira - 93.526.0
Rodrigo Roquette - 16.727
Salim Givá - 15.551
Tiago de Sá Marques - 76.911"
Trincão foi o melhor elemento das águias
Lugar no subterrâneo de Alvalade é só para atletas da equipa principal. Central também não tinha acesso ao camarote VIP, mas acabou por conseguir ver o jogo ao lado dos não convocados por Rui Borges
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