Vicepresidente dos cariocas explicou ainda que o clube beirão será o ponto de partida para a entrada noutros mercados
O Flamengo vai mesmo avançar para a compra do Tondela e, segundo o vice-presidente de finanças do clube rubronegro, a ideia dos cariocas passa por fechar o negócio ainda antes do final do ano. Em declarações ao Globoesporte, Rodrigo Tostes explicou ainda que aquisição dos beirões se trata apenas do primeiro passo para um plano muito maior, que passa essencialmente pela entrada nos principais campeonatos europeus, e deixou claro que o objetivo do ponto de vista competitivo é colocar o Tondela no top-6 da Liga bwin nos próximos três anos. Para tal, os cariocas estão em negociações com investidores para ajudar a chegar aos 50 milhões de euros para fechar a compra do clube.
"[Comprar o Tondela] É só o primeiro passo. Essa estratégia não vai funcionar se for um clube só fora do Brasil. Todos [os possíveis investidores] com quem estamos a conversar colocam isso e nós também. Queremos ter um clube na Alemanha, um em Espanha, um em França, em África, na China, nos Estados Unidos, ou seja, não é um projeto de um clube só", explicou Tostes.
A entrada na segunda fase do plano, com a aposta noutro mercado, depende do sucesso dos beirões. "Precisamos de pelo menos três anos para maturar esse projeto, levar o clube para as primeiras posições do campeonato português. Essa é a ideia. Depois disso pensamos na fase dois".
Quanto a prazos, o 'vice' dos cariocas aponta a meta, mas assume que está complicado cumpri-la. "Queríamos ainda este ano. Está apertado, bem apertado, por uma série de fatores. Ainda estamos a trabalhar com o prazo deste ano. Mas está bem apertado, não é fácil. Estamos a trabalhar pesado". Relativamente à fórmula de investimento, o dirigente frisa que o Flamengo não avançará com dinheiro para este projeto, mas que apenas colocará em 'jogo' a sua marca. O dinheiro, os tais 50 milhões, serão sempre assumidos por um investidores.
E quando fala em marca, Tostes assume que a entrada do Flamengo no Tondela pode mudar muita coisa, incluindo as cores do equipamento da equipa portuguesa. O dirigente assume que nada está fechado nesse sentido e que as tradições serão respeitadas, mas lembra que os cariocas entrarão no clube com a sua marca. "Essa pergunta foi feita por todos os presidentes de clubes com quem conversei lá. A minha resposta foi a seguinte: 'estamos a fazer um negócio que está a levar a marca. Nós temos 46 milhões de adeptos. Parece-me óbvio que vamos ter de encontrar uma forma de utilizar a marca no uniforme do clube, junto com o nome do clube de alguma forma, para que esse ativo possa ser monetizado, ou o investidor não vai colocar dinheiro. Mudar a cor do equipamento? Eu diria que não faria isso. Mas acho que teremos de contratar gente especializada para apresentar uma proposta. Antes de dar 46 milhões de adeptos ao milhão ou 500 mil que o clube tenha, temos de respeitar os que estão lá, para não perder os 500 mil em detrimento dos 46 milhões. Estamos a fazer esse projeto para a torcida do Flamengo, mas não podemos perder a torcida da outra equipa, ou das outras equipas que o Flamengo terá em outros lugares. Esse é um pré-requisito."
As razões para a escolha
O Globoesporte partilha ainda dados do documento apresentado pelo Flamengo aos investidores, no qual é detalhada a razão que levou os cariocas a chegarem ao Tondela. De acordo com esse documento, foram analisados oito clubes portugueses, seis deles com uma estrutura que os brasileiros consideram adequada. Desses, apenas dois estavam na Liga bwin, sendo que a filtragem final até definir o Tondela como alvo se deveu ao facto de ser "o único da lista com apenas um acionista no controlo e estrutura 'bem localizada' no país, o único 'representante da região central de Portugal'."
Por outro lado, a decisão de entrar em Portugal e não noutro país deveu-se ao "volume de negociações internacionais feitas pelos clubes do país", o mais elevado do planeta no período entre 2011 e 2020. Nesse mesmo documento, o Flamengo vai mais longe nas projeções e aponta uma chegada do Tondela à Liga Europa em quatro anos e à Champions dentro de sete a oito anos.
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