António Miguel Cardoso e a V Sports: «Encontrámos um bom músculo financeiro para a valorização do Vitória»

Presidente explicou o pré-acordo estabelecido com esta empresa

• Foto: VSC

António Miguel Cardoso, presidente do V. Guimarães, concedeu uma entrevista às rádios ‘Inquieta’ e ‘Santiago’ e aos jornais ‘Mais Guimarães’ e ‘Jornal de Guimarães’ na qual explicou o pré-acordo estabelecido com a V Sports. O fundo, liderado por Nassef Sawiris e detentor da propriedade do Aston Villa, chegou a acordo com a SAD do V. Guimarães para a compra de 46 por cento das ações. O negócio está estipulado para render 5,5 milhões de euros, mas está ainda dependente da aprovação dos associados de uma assembleia geral, a realizar no dia 3 de março.

"É importante que os sócios fiquem esclarecidos, que percebam o que se está a passar e que decidam depois. Eu, enquanto presidente, continuarei a defender os sócios, seja qual for o caminho: o mais lento, que é o que temos feito até aqui, ou com um mais rápido, aqui com um 'motor'. É importante que os sócios percebam que, mesmo com esta parceria, a maioria é do clube. Sempre disse que não abdicaria disso porque vim para cá para defender o Vitória", começou por referir, revelando ainda que a partir da próxima quarta-feira, e até ao dia da assembleia geral, estará disponível para esclarecer dúvidas dos adeptos em dias úteis, das 18h30 às 20h", começou por explicar.

O dirigente realçou também o facto de alguém com uma fortuna tão elevado estar interessado no clube minhoto: "O Vitóra está a passar por um período complicado, a nível financeiro as coisas estão difíceis. O futebol está a modernizar-se, são precisos parceiros e nós encontrámos alguém que é um bom músculo financeiro para a valorização do Vitória. É evidente que são pessoas sérias, estamos a falar de uma das maiores forturas do mundo e é de realçar que uma das 300 pessoas mais ricas do mundo possa querer estar junto do Vitória para potenciar o seu investimento e o clube. Mais do que os valores em causa, o principal é a qualidade do parceiro, que estará ao nosso lado em momentos difíceis se assim também o fizermos. Queremos achar que é o que o Vitória precisa para podermos crescer a curto prazo".

António Miguel Cardoso explicou ainda como surgiu a aproximação entre ambas as partes. "Já existiram conversas entre a V Sports e a anterior direção, mas no momento em que entrámos não havia contactos. Voltámos a conversar por manifesto interesse do Aston Villa num jogador do Vitória, reuni com algumas vezes com o senhor Nassef [Sawiris], encontrámos pontos em comum com a V Sports e foi fácil que a química aparecesse. Um ponto acente do nosso foi a questão da maioria da qual não abdicávamos e eles perceberam que a nossa gestão estava preocupada em fazer mais com menos, em reduzir orçamentos, em ter ativos mais jovens e em vender jogadores para fazer face ao défice orçamental do clube", vincou, explicando depois como foi o processo de ‘convencer’ a V Sports a entrar no clube, mesmo não tendo a maioria das acções da SAD: "Num clube como o Vitória é fácil haver interessados, desde que entrámos houve vários grupos económicos e várias pessoas a interessar-se pelo Vitória. Neste caso, acredito que a credibilidade da administração foi importante, assim como a envergadura do Vitória e aquilo que esta pode trazer ao parceiro. Existem muitas formas de o parceiro salvaguardar a sua posição e sabemos que, a partida do momento em que caminhamos em conjunto, há várias formas de trabalharmos. A V Sports tem o maior complexo de formação no Senegal, no Egito é da mesma forma e será também na América do Sul. É muito fácil pensarmos que a formação do Vitória, assim como as equipas B e A, podem receber, no futuro próximo, os melhores jogadores para estes renderem desportiva e financeiramente ao clube e ao grupo. O Aston Villa compra jogadores por 20/30 milhões de euros, é algo normal, portanto acredito que este é um investimento reduzido tendo em conta o risco. Há outro exemplo: seguimos o campeonato sul-americano de sub-20 e o nosso scouting detetou alguns jogadores que podiam ter interesse para o Vitória, mas que, devido a questões financeiras, não tínhamos capacidade para lá chegar- no plano desportivo os jogadores já querem começar a vir para cá. Falando com o scouting da V Sports e do Aston Villa conseguimos identificar dois ou três jogadores que faria sentido que viessem para cá. Há muitas formas de se salvaguardar esta parceria, mesmo sendo a V Sports minoritária".

Por Record
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