Presidente do Vitória promete resultados positivos na próxima assembleia geral
António Miguel Cardoso prometeu que as próximas contas do Vitória vão apresentar resultados positivos, ainda que o balanço pudesse ser melhor se um dos jogadores que veio do FC Porto - Francisco Ribeiro - não tivesse abandonado o clube.
"Teremos contas positivas. Poderiam ser mais positivos se neste final de mercado um dos jogadores daquele negócio feito com o FC Porto, já muito falado, não tivesse saído. As contas podiam ser mais positivas em três ou quatro milhões. A Assembleia Geral será a altura certa para explicar isso aos sócios. Estamos a fazer o que conseguimos, nunca descurando o investimento futuro. Passou mais um ano e estamos mais perto de voltar a ter à disposição as verbas dos direitos televisivos na casa, de podermos renegociar outros contratos. A SAD tem cerca de 10 anos, nesse período de tempo as contas foram muitas vezes negativas pelo que há muito a fazer. Temos de ser consistentes nas contas positivas que que o Vitória possa crescer. O equilíbrio financeiro é uma premissa essencial, mas nunca descuramos a vertente desportiva. Já nos qualificamos duas vezes para as competições europeias, mas queremos muito mais. Temos de estar unidos, puxar pela equipa e acreditar que as coisas vão correr bem. A dinâmica positiva que chega das bancadas ajuda a galvanizar os atletas", disse, em declarações à Rádio Santiago.
A este propósito, o líder do Vitória elogiou a parceria com a V Sports, ainda que com alguns lamentos para com a atitude da MAF, antiga acionista maioritária da SAD. "O Vitória é um barco grande, com passivo, com pressão, pressão que até chegou por parte da MAF, que sabendo quais eram as contas do Vitória até à nossa entrada, e sabendo as dificuldades que temos, nunca deixou de pedir o valor contratualizada. O Vitória é um barco grande, que tem de ser gerido com decisões arriscadas porque temos de avançar. Não estávamos à espera das condicionantes da UEFA, que inverteu o sentido do multi ownership, mas já tivemos situações muito boas com a parceria, mesmo em relação à MAF. Desde que entrei, de uma forma ou de outra, a pressão para que o valor acordado fosse pago à MAF era muito grande. Ter alguém que entra, que tem 29%, sem controlo absolutamente algum, que paga, que transfere o valor e nos deixa mais tranquilos quanto à pressão da MAF, a pressão em receber o valor quando sabiam as contas que tínhamos, é vantajoso. Fiquei perplexo em perceber como alguém que acompanhou o Vitória nos últimos anos, a MAF, que sabia a situação real das contas, esperava que uma administração nova pagasse logo os valores. Isso aconteceu. O valor foi pago por um parceiro que investiu e ajudou a resolver o problema com a MAF. É menos uma dor de cabeça. Por outro lado, permitiu-nos segurar o Bamba em Janeiro com o suporte que nos deram. Há outras áreas a ser trabalhadas, como a organização de jogos. A parecia continua, existe, já deu frutos. Se era exactamente o que queríamos no início, não. Mas, já nos ajudou. O facto do Vitória não ter uma situação financeira estável levou a UEFA a pensar que qualquer intervenção da V Sports podia pressupor uma tentativa de controlo, é isso que não querem. Estamos condicionados nos próximos meses, a trabalhar noutras áreas, mas no futuro a parceria vai servir para muito mais. A parceria já nos resolveu muitas situações, está a ajudar-nos noutras áreas, vamos ver o que vai acontecer. Acreditamos que vai acontecer", explicou.
Por outro lado, António Miguel Cardoso comentou a questão da centralização dos direitos audiovisuais, deixando um apelo.
"É um caminho sem retorno. Os clubes devem organizar-se para levarem a Liga a apresentar uma proposta equilibrada e aceite por todos. Caso não seja, terá de avançar da mesma forma, isso é muito claro. É incrível a diferença daquilo que recebem os três grandes e os restantes clubes. É absurdo, é quase impossível competir com estas diferenças, em nenhum país da Europa isto acontece. Temos de estar bem atentos e vivos nessas lutas para que o Vitória não saia prejudicado", apontou.
Noutra nota, o presidente dos minhotos falou também sobre um possível novo mandato, tema com o qual garante não estar preocupado.
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