António Miguel Cardoso: «Mário Ferreira nunca nos pôs sob pressão»

Presidente do V. Guimarães esmiuçou o pré-acordo com a V Sports

• Foto: Ricardo Jr.

Depois de ter sido anunciado um pré-acordo entre a V Sports o V. Guimarães, António Miguel Cardoso deu uma entrevista às rádios ‘Inquieta’ e ‘Santiago’ e aos jornais ‘Mais Guimarães’ e ‘Jornal de Guimarães’ na qual explicou que parte do valor que pode entrar no Vitória (5,5 milhões de euros por 46 por cento das ações da SAD) servirá para liquidar a dívida que ainda existe com o empresário Mário Ferreira, antigo acionista da SAD.

"Existem cláusulas na compra do contrato do Mário Ferreira em que, se nós nos atrasássemos no pagamento das ações, ficaríamos sem o capital pago e sem as ações, mas o Mário Ferreira nunca nos pôs sob pressão. Se me perguntar como é que arranjámos capital para pagar até agora, digo-lhe que é muito difícil. No entanto, vamos cumprir porque estamos em dívida. Sabemos qual é o nosso caminho se não for aprovado pelos sócios, 80 por cento das receitas do nosso mandato já foram tomadas pelo adiantamento que falámos há pouco. É importante tomar medidas para que as contas continuem a ser pagas, não existindo pressão é importante perceber que caminhos vamos tomar. Se estivéssemos assim tão pressionados teríamos vendido jogadores ou teríamos feito acordos. Foi falado que a direção teria feito um pré-acordo em relação ao Bamba, mas isso é mentira. Algumas tranches já foram pagas [da dívida a Mário Ferreira], mas uma parte será usada para pagarmos ao Mário Ferreira. A outra será para a saúde financeira do clube, queremos resolver os PERs e uma série de situações. Se isto for avante, o clube fica tranquilo para os próximos anos", referiu.

O líder vitoriano sublinhou ainda a forma como o clube pode crescer com esta parceria, ainda que esteja preparada para o caso de os sócios não aprovarem o negócio: "Podíamos ter recebido propostas maiores a nível financeiro, mas não seria possível que corressem bem. Aqui sentimos que há um parceiro forte, credível e que será o nosso braço para o crescimento do Vitória. Existem parceiros com outro tipo de investimentos, com outra postura e com outro tipo de seriedade que não fazia sentido levarmos os sócios. Temos recebido várias abordagens, mas foi esta que identificámos como importante, sólida e passível de ser levada aos sócios para eles decidirem. Dentro do contrato está previsto que eles [V Sports] tenham dois administradores em cinco, o que não quer dizer que venham a ter. A ideia é caminharmos em conjunto com controlo do Vitória, mas há muito 'know how' [conhecimento] que eles nos vão aportar. Por exemplo, falamos em concertos em dias de jogos, o Aston Villa tem crescido muito em termos de suporte dos fãs. Para além disso, como já falei, há a questão do scouting. Não também vamos aportar à V Sports, mas a ideia é crescermos em conjunto. Já recebemos tweets de fãs do Aston Villa que nos querem acompanhar, já fomos notícia em Itália e nos EUA e isto é importante para o Vitória.

É importante que este crescimento do Vitória seja feito mais rapidamente, mas se não for cá estamos para fazermos o 'caminho das pedras'. Para mim não foi importante perceber se, a nível de estatutos, teria de levar isto a assembleia geral, levo por uma questão de honra. Os sócios é que têm de decidir, olhando para trás os sócios é que deveriam ter decidido sobre a compra das ações ao Mário Ferreira, assim como o adiantamento do direitos televisivos. Agora não estamos a encostar ninguém à parede, se os sócios não quiserem vamos continuar com a mesma força, apenas no caminho mais longo".

Por Record
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