Ator João Reis e os insultos racistas a Marega: «Este não é o meu clube, não é o meu Vitória»

Adepto fervoroso do V. Guimarães insurge-se contra o que aconteceu no jogo com o FC Porto

• Foto: Instagram João Reis

João Reis publicou esta terça-feira uma longa mensagem no Instagram insurgindo-se contra os insultos racistas de que Marega foi alvo no domingo. Apaixonado adepto do V. Guimarães, o ator exige "um sinal claro da Federação e do governo para pôr um fim a estas histórias que teimam em repetir-se e a manchar os desígnios do desporto".

"Como é que eu explico ao meu filho, que nasceu em Lisboa, mas que tem o Vitória no coração, que é sócio e me acompanha em todos os jogos, no estádio e na tv, que um jogador que até já representou as nossas cores foi insultado e humilhado de forma ignóbil perante os nossos? Há alguma coisa, a não ser a ignorância pura e o racismo sem piedade que justifique tal atitude? Não! Este não é o meu clube, não é o meu Vitória, não foi o respeito, a alegria, a festa e o prazer de ver um bom jogo de futebol que o meu pai e o meu avô me ensinaram! Haja o que houver, a partir de agora chegámos ao ponto da tolerância zero", escreveu.

Leia a mensagem na íntegra:

"Nestas coisas, gosto sempre de deixar assentar a poeira, porque há sempre aproveitamentos ilícitos de pessoas que são elas próprias responsáveis por este clima de ódio e caos generalizado que se vive.

O caso Marega, como se tornou conhecido, exige efectivamente uma reflexão, mas uma reflexão profunda e transversal que se detenha de uma forma séria sobre todas as matérias que envolvem o futebol. Bastidores, comentadores e dirigentes incendiários, claques, comunicados absurdos e tendenciosos, especulações, suspeitas, pressão permanente sobre arbitragens, ódios e rancores acumulados, histórias mal contadas, insinuações, perseguições e um rol enorme de animosidades difíceis de engolir e de explicar. O que se passou com Marega é vergonhoso e devia envergonhar-nos a todos, os que seguem ou querem seguir o futebol com paixão e fairplay.

Como é que eu explico ao meu filho, que nasceu em Lisboa, mas que tem o Vitória no coração, que é sócio e me acompanha em todos os jogos, no estádio e na tv, que um jogador que até já representou as nossas cores foi insultado e humilhado de forma ignóbil perante os nossos? Há alguma coisa, a não ser a ignorância pura e o racismo sem piedade que justifique tal atitude?

Não!! Este não é o meu clube, não é o meu Vitória, não foi o respeito, a alegria, a festa e o prazer de ver um bom jogo de futebol que o meu pai e o meu avô me ensinaram!

Haja o que houver, a partir de agora chegámos ao ponto da tolerância zero, e é preciso um sinal claro da Federação e do governo para pôr um fim a estas histórias que teimam em repetir-se e a manchar os desígnios do desporto.

Lugar de partilha, de tolerância, de igualdade, de superação, de respeito, de festa e de amizade. E se também é verdade que para muitos o futebol se tornou acima de tudo um negócio e uma projeção de frustrações várias, é preciso que os outros, os que ainda são a maioria, se manifestem e afirmem a sua diferença e a sua indignação perante o lixo que nos invade todos os dias. Basta!!"

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Nestas coisas, gosto sempre de deixar assentar a poeira, porque há sempre aproveitamentos ilícitos de pessoas que são elas próprias responsáveis por este clima de ódio e caos generalizado que se vive. O caso Marega, como se tornou conhecido, exige efectivamente uma reflexão, mas uma reflexão profunda e transversal que se detenha de uma forma séria sobre todas as matérias que envolvem o futebol. Bastidores, comentadores e dirigentes incendiários, claques, comunicados absurdos e tendenciosos, especulações, suspeitas, pressão permanente sobre arbitragens, ódios e rancores acumulados, histórias mal contadas, insinuações, perseguições e um rol enorme de animosidades difíceis de engolir e de explicar. O que se passou com Marega é vergonhoso e devia envergonhar-nos a todos, os que seguem ou querem seguir o futebol com paixão e fairplay. Como é que eu explico ao meu filho, que nasceu em Lisboa, mas que tem o Vitória no coração, que é sócio e me acompanha em todos os jogos, no estádio e na tv, que um jogador que até já representou as nossas cores foi insultado e humilhado de forma ignóbil perante os nossos? Há alguma coisa, a não ser a ignorância pura e o racismo sem piedade que justifique tal atitude? Não!! Este não é o meu clube, não é o meu Vitória, não foi o respeito, a alegria, a festa e o prazer de ver um bom jogo de futebol que o meu pai e o meu avô me ensinaram! Haja o que houver, a partir de agora chegámos ao ponto da tolerância zero, e é preciso um sinal claro da Federação e do governo para pôr um fim a estas histórias que teimam em repetir-se e a manchar os desígnios do desporto. Lugar de partilha, de tolerância, de igualdade, de superação, de respeito, de festa e de amizade. E se também é verdade que para muitos o futebol se tornou acima de tudo um negócio e uma projeção de frustrações várias, é preciso que os outros, os que ainda são a maioria, se manifestem e afirmem a sua diferença e a sua indignação perante o lixo que nos invade todos os dias. Basta!! . . . #vitoriasc #toleranciazero #noracism #freedom #marega

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