Jota Silva: O festejo, a mesa de Teqball, as partidas no Sp. Espinho e uma massagem bizarra

Extremo do V. Guimarães partilhou várias histórias dos bastidores da sua carreira

• Foto: José Reis/Movephoto

Durante a sua participação no podcast 'Dezanove 22', Jota Silva, extremo do V. Guimarães, partilhou várias histórias curiosas dos bastidores da sua ainda curta carreira como futebolista, entre elas a origem do festejo a que os adeptos vitorianos já se habituaram, fruto dos oito golos que já apontou ao serviço do emblema minhoto.

"Surgiu em jeito de brincadeira quando estava em casa de um grande amigo, em Melres (Gondomar), que é a minha terra. Estávamos a assistir a um jogo do Tottenham pela televisão e o Bergwijn marcou, festejando o golo dessa forma, com a mão na cara. Eu estava no Sp. Espinho e resolvi dizer isto: 'se marcar um golo esta semana, vou festejar como o Bergwijn'. Assim foi. A partir daí, passei a festejar sempre dessa forma", revelou o atacante, de 24 anos, confirmando também que foi a família que lhe deu a alcunha de Jota: "Os meus pais é que começaram a chamar-me de Jota. No futebol começaram por me chamar João ou Silva. Só depois é que o Jota começou por entrar."

Competitivo também no teqball, Jota Silva tem uma mesa batizada com o seu nome e o de Tiago Silva. "Temos uma mesa de teqball no balneário e chama-se Tiago Silva e Jota Silva. Até tínhamos um copinho: quem quisesse jogar connosco, tinha de meter lá uma moedinha. E depois oferecíamos esse dinheiro a instituições de solidariedade. Eu e o Tiago Silva dávamos aulas aos outros de teqball. Uns alegavam que ganhávamos porque éramos nós a instituir as regras, outros alegavam que ganhávamos porque jogávamos mais vezes de um lado da mesma", comentou.

Embora seja agora declaradamente um jogador de ataque, o português começou como defesa-lateral na formação, mas a apetência para marcar golos levou-o a subir no terreno. "Comecei por ser lateral-direito. Joguei algumas vezes na esquerda, mas até como lateral fazia alguns golos. Comecei por isso a avançar no terreno de jogo. Lembro-me que no meu último ano de juvenil, ainda no Sousense, fui chamado a jogar pelos juniores e o treinador colocou-me a jogar como avançado – ele jogava com dois. Era um mundo novo. Comecei a fazer golos atrás de golos e percebi que aquele era o meu lugar. Apesar disso, ainda descasquei algumas vezes como lateral na época passada, mas sou melhor como avançado… e o Vitória está muito bem servido de laterais", recordou o jogador, que esta temporada tem feito dupla de ataque com André Silva.

Recuando aos tempos do Sp. Espinho, lembrou uma história curiosa com o fisioterapeuta Pepito. "Quando cheguei ao Sp. Espinho ainda era um miúdo e vinha da distrital. Não sabia nada daquilo e eu gosto de ser massajado, de ser mimado. O fisioterapeuta dessa altura era o Pepito, uma personagem mítica. Cheguei ao pé dele e perguntei se podia ser massajado. Respondeu que sim e eu deitei-me todo contente. Então ele pergunta-me isto: 'puto, com produto ou sem produto?' Pensei que estava a referir-se ao creme e respondi: ‘com produto’. Então ele cuspiu na perna! E eu perguntei: ‘então?’ E ele: ‘puto, eu perguntei se querias com produto e tu disseste que sim'. Ainda me perguntou se queria que parasse e eu, meio envergonhado, disse-lhe para prosseguir, mas estava todo vermelho. Foi uma boa massagem, mas nunca mais lhe pedi outra. Depois comecei a marcar uns golitos e a ganhar moral. A partir daí, avisei-o para não vir mais com a conversa da cuspidela. Era um tipo muito engraçado", contou Jota Silva, abordando também as partidas que eram pregadas entre os colegas de equipa.

"Havia um central chamado Amadeu e nós jogávamos em Fiães. Esse Pepito e outros pegaram e meteram Finalgon (pomada) nos boxers desse Amadeu. Ele vestiu-se, não sentiu nada e seguiu viagem no carro. No dia seguinte, perguntou: 'o que vocês fizeram? Tive de parar três ou quatro vezes. Estava muito quente, até bufava’' Eram coisas desse tipo. Eu até tinha medo de andar por ali. Felizmente, nunca me aconteceu igual", disse.

Por Record
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