Jorge Braz: «Agora tenho dois títulos para revalidar»

Selecionador nacional destacou o querer da sua equipa e lembrou que Portugal também é campeão europeu

Jorge Braz realçou a crença que Portugal teve durante a final do Mundial diante da Argentina e admitiu ter sido o culpado do golo sofrido por aquele que diz ser um "erro estratégico".

"Sabiamos que tínhamos de sofrer. Foi a chave do jogo perceber que íamos ter janelas de oportunidade na construção e tivemos uma ou outra em que podíamos ter facilitado a parte final do jogo. Acreditámos muito e queríamos muito. Desta vez, o fado português teve mais paixão que o tango argentino. Quisemos muito e funcionou muito à volta disso e de não termos estado a perder no jogo, estarmos em vantagem. Sofremos o 2-1 num erro estratégico que foi culpa minha. Não podíamos defender com aquele quarteto. Os erros fazem parte, mas foi dizer 'não interessa' e não cometemos mais. Foi aí a chave [do jogo]: estarmos a vencer e por cima e querermos muito. A Argentina é exemplar na forma como compete, mas nós quisemos mais e ganhamos por 2-1. Somos campeões do mundo", elogiou o selecionador nacional na conferência de imprensa.

Portugal junta assim o título de campeão da Europa e o de campeão do Mundo, mas Jorge Braz não quer ficar por aqui e já mostra ambição para os torneios que se seguem.

"Temos passos importantes para dar. A culpa é nossa. Temos de dar passos para evoluir o futsal. Temos de reorientar a visão estratégica das grandes organizações para atingirmos isso. Quanto a mim, há algo que nunca me vou desviar. Esta semana sei que vai ser de muito festejo, mas quando voltar ao trabalho vou meter os pés no chão e dizer que a humildade e o trabalho são exatamente iguais, não é por ser campeão do Mundo. Não tenho de dizer que sou o melhor para ganhar, tenho de dizer o contrário. Manter a humildade, as origens e continuar a trabalhar. Se acharmos que somos os melhores do mundo outras seleções vão passar-nos. Agora tenho dois títulos para revalidar. Isto agora não vai ser fácil. Quando a euforia passar e pegar nos planos de treino, regresso à base. Não copies o que fizeste, mantém a humildade. Espero poder contribuir para ajudar o desporto e a modalidade nos próximos anos", atirou, para depois deixar uma palavra aos jogadores.

"Não me quero esquecer disto. Já referi que não há palavras para estes 17 [jogadores], mas não quero esquecer o Pedro Cary, o Cardinal - que perdeu a segunda oportunidade de ter um título por lesões - o Tunha, o Márcio - que jogou a qualificação connosco - o Nilson - que foi campeão europeu - o Galvão - que teve um lesão grave - o Mário Freitas, o Silvestre - que esteve connosco até às últimas jornadas da qualificação. Não me esqueço de todos eles que me dizem muito e me deram. Não estão cá mas podiam estar e felizmente o selecionador Jorge Braz tem um leque de escolhas alargadíssimas e grandes campeões que não vieram e outros que não vieram mas se tivessem eramos campeões na mesma e eles ajudavam na mesma", concluiu.

Por Record
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