É já este domingo que a Seleção feminina de futsal pode fazer história ao sagrar-se campeã do primeiro Campeonato do Mundo da história. A equipa comandada por Luís Conceição entra em campo às 11h30 (hora portuguesa) contra o favorito Brasil, mas os olhos das lusas estão na medalha de ouro. Para a agarrar, é preciso bater pela primeira vez as canarinhas, que vêm numa sequência de 42 vitórias. O favoritismo brasileiro não tira a ambição a Luís Conceição: "Estas meninas têm aproximado as forças entre Portugal e Brasil. Viemos para competir e ganhar!"

Promoção do futsal feminino: "Chegam à final as melhores seleções desta competição, assim o provaram na qualidade de jogo demonstrada. Queremos muito ganhar, tal como o Brasil, mas acho que é nossa obrigação, também, fazermos, amanhã, o que temos feito até agora, que é promover o futsal feminino. Sendo Portugal e Brasil das principais potências, temos esse dever. Esse é o nosso papel. Esperamos que seja um bom espetáculo desportivo, acima de tudo, e depois cada um irá lutar e tentar ganhar, ao máximo, e esperar, no final, que Portugal seja mais feliz."

Desafiar a história: "Estamo-nos a preparar para isso. É para isso que trabalhamos, é para isso que cá estamos. Viemos para competir, competir, para ganhar. Queremos muito fazê-lo. Pela distância, não temos tido tanta oportunidade como queríamos de jogar mais vezes um Portugal-Brasil, nem que seja de preparação. Se calhar, isso já tinha acontecido mais cedo, mas é o que é, é a competição onde estamos. Acho que pode ser amanhã, estamos a preparar-nos para isso. Agora, temos de fazer o nosso trabalho, preparar-nos em condições, e depois competir, competir muito."

Evolução portuguesa: "O Brasil é uma escola de talentos, de gente com muita qualidade, mas nós também o somos e temos provado isso. E cada vez as coisas estão mais equilibradas, porque estas meninas têm feito muito por isso, têm aproximado as forças entre Portugal e Brasil. Olhamos e, há poucos anos, seria mais difícil equilibrarmos o jogo com o Brasil. Hoje, as coisas estão diferentes, mais próximas. Vai ser um momento especial para todas."

Equilíbrio: "Basta olharmos para os últimos encontros entre Portugal e Brasil, a diferença tem sido muito reduzida: por um golo, tem dado empates. O resultado tem estado muito equilibrado e amanhã, numa final, acho que vai ser também por aí. Quem ganhar, não vai ganhar por muita diferença de golos."

Impacto do Mundial: "Na FPF, temos feito a nossa parte, ao nível do crescimento e desenvolvimento do futsal feminino. Claro que isto vai dar visibilidade para trazer gente mais nova, para fazer crescer a nossa base, da nossa formação. Estamos conscientes do trabalho que temos feito, de onde queremos chegar. Queremos continuar a crescer no feminino. É importante que outros países possam acompanhar este crescimento."