Meter mãos à obra: Portugal determinado em revalidar o título conquistado em 2021

Arranca hoje o Mundial de futsal no Uzbequistão

• Foto: FPF

Domingo, 3 de outubro de 2021. Uma data inesquecível e que qualquer adepto de futsal em Portugal sabe de cor. Há três anos, a Seleção Nacional bateu a Argentina por 2-1, com um bis de Pany Varela, e conquistou pela primeira vez o Campeonato do Mundo, num jogo histórico que consagrou uma geração e em que todo o suor se transformou em lágrimas de felicidade. O tão desejado troféu que teimava em escapar ao longo de duas décadas finalmente veio para o nosso país. Dos pioneiros da Guatemala… aos imortais da Lituânia!

Hoje, arranca a 10ª edição do Mundial de futsal, com Portugal - detentor do troféu, bem como dos dois últimos Europeus (2018 e 2022) e da Finalíssima Intercontinental (2022) - a defender o título conquistado em Kaunas, naquela que será a sua 7ª participação consecutiva. Um grupo que tem vencido tudo, mas que chega ao longínquo Uzbequistão com estatuto e com ambição… reforçada. E se já ganhou tudo uma vez, porque não fazê-lo novamente? Em caso de novo triunfo no Campeonato do Mundo, a equipa das quinas tornar-se-á a terceira seleção a ganhar a prova duas vezes consecutivas, depois de Brasil (em 1989, 1992 e 1996 e, depois, em 2008 e 2012) e de Espanha (2000 e 2004), igualando os troféus de La Roja e descolando da Argentina, campeã em 2016.

No entanto, apesar de Portugal ser um dos principais candidatos, não pense que serão favas contadas. O futsal tem evoluído a olhos vistos ao longo dos últimos anos e são cada vez mais as seleções a despontar no cenário internacional. O primeiro adversário de Portugal será o Panamá, campeão da América do Norte, na segunda-feira em Tashkent, capital do país, onde se realizarão todos os jogos dos comandados de Jorge Braz. Seguir-se-á o Tajiquistão (dia 19), em franco crescimento após um inédito 4º lugar na última Taça da Ásia, e Marrocos (dia 22), que conquistou a CAN com autoridade e no último Mundial empatou mesmo a três golos com Portugal na fase de grupos, tendo vendido cara (0-1) a eliminação frente ao Brasil, nos quartos-de-final.

Mantêm-se 10 heróis



Dos 16 jogadores que tocaram o céu há três anos, continuam 10, numa lista que não conta com o lesionado Pauleta nem com Bernardo Paçó, último excluído por Braz. Serão 14 que tentarão repetir o feito: Edu, André Correia, João Matos, André Coelho, Tomás Paçó, Erick, Fábio Cecílio, Afonso Jesus, Pany Varela, Bruno Coelho, Kutchy, Lúcio Rocha, Tiago Brito e Zicky. Um grupo vencedor que inclui o melhor do Mundo em 2022 (Pany), bem como Lúcio Rocha, escolhido recentemente pelo portal ‘Futsal Planet’ como melhor jovem de 2023, sendo o segundo português a arrecadar o prémio após Zicky em 2021.

Quatro seleções estreantes e um jogador de... futebol

Organizado no continente asiático pela quarta vez em 10 edições, depois de Hong Kong (1992), Taiwan (2004) e Tailândia (2012), este Campeonato do Mundo será disputado em três cidades do Uzbequistão - Tashkent, Andijan e Bukhara - e contará com quatro seleções estreantes: Afeganistão, França, Nova Zelândia e Tajiquistão, este último um dos adversários de Portugal no grupo E.

Ainda assim, é nos neozelandeses que está uma das grandes curiosidades deste torneio, isto porque o plantel tem um jogador de... futebol.

Trata-se de Dylan Manickum, médio de 32 anos do Auckland City, que já venceu três Liga dos Campeões da Oceânia e até participou no Mundial de Clubes. Concilia as duas modalidades e representa a seleção de futsal desde 2010, da qual é o atual capitão, sendo o jogador com mais internacionalizações e golos (63/37), que ajudaram à conquista da Taça da Oceânia em 2023.

Quanto às grandes favoritas à vitória final, a seleção brasileira conta com o benfiquista Arthur, além de outros nomes bastante conhecidos do futsal português com destaque para o ex-guarda-redes das águias Roncaglio e ainda para Guitta, antigo guardião do Sporting.

Os outros representantes da Liga Placard além dos jogadores portugueses são os angolanos Anderson Fortes (Leões de Porto Salvo) e Jô Cambangula (Ferreira do Zêzere), treinados por Marcos Antunes, um dos dois técnicos lusos da prova e que em 2023 chegou até à final da CAN, sendo goleado (1-5) por Marrocos.

Por Francisco Guerra
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