Jorge Jesus assume que só quando chegou ao Al Nassr é que se apercebeu verdadeiramente do impacto que Cristiano Ronaldo tem no mundo no futebol. Em declarações durante o segundo dia do Portugal Football Summit, na Cidade do Futebol, o treinador amadorense deixou rasgados elogios ao comportamento e profissionalismo do capitão do clube saudita e também da Seleção Nacional, revelando que, "aos 40 anos", é "o segundo mais rápido da equipa e o terceiro que mais 'piques' dá acima de 25km/h nos jogos".

34 vitorias seguidas no Al Hilal...

"É um campeonato, aqui em Portugal desvalorizam, mas está grande fatia dos melhores jogadores do mundo, grande treinadores, estádios e relvados fabulosos. As jornadas são transmitidas para 150 países. Tem a ver com as grandes vedetas que estiveram e estão, o Cris, o Benzema, o Neymar... os três deram uma projeção muito grande ao campeonato. Foram 34 vitórias no campeonato saudita - não no Luxemburgo - e na Champions da Ásia. Foi [um ciclo que foi] quebrado após a 34.ª vitória, num jogo da meia-final da Champions da Ásia e perdemos 4-2. O Al Hilal campeão sem derrotas, mais pontos, mais golos, ganhou tudo..."

Como tem sido adaptação e como é trabalhar com Ronaldo?

"Como jogador, ouvimos falar muito, mas só o conhecemos estando com ele . Hoje tem 40 anos. Em jogos, é o segundo mais rápido da equipa. É o terceiro que mais piques dá acima de 25 km/h, é uma coisa fora do normal, até fisicamente. Como pessoa, é um homem muito inteligente. Sabe muito mais para além do futebol."

Como é a dinâmica dentro de campo? Quem puxa por quem?

"Joga-se com os pés, mas a cabeça é que pensa. Ele conhece-se, o corpo dele, quando treinamos algo de mais intensidade, ele diz 'mister, para mim está no limite'. Hoje o GPS dá para fazer controlo individual e coletivo do treino. Espero que ele continue, raramente se lesiona, sabe-se controlar e controlar a vida dele fora do futebol. Ninguém tem noção do que é este homem no mundo. Eu também não tinha, agora tenho. Ele é a bandeira de Portugal, não tenham dúvidas. Onde está, as pessoas não saem dali. Do hotel, são centenas... só a vê-lo passar ‘Ronaldo, adeus!’. Da faixa até aos 30 anos, tudo muito miúdo".

Ate quando acha que ele pode jogar?

"Não sei, calculo que seja para chegar aos 1000 golos. Faltam 50 e poucos. Ainda tem de jogar este ano e mais o outro...", vincou.