Conversa com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol foi a última do Portugal Football Summit
Pouco depois de Pepe, foi a vez de Pedro Proença subir ao palco para a última intervenção do Portugal Football Summit. Em conversa com Pedro Pinto, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol foi questionado, além de muitos outros temas, acerca do que ficou por fazer durante o seu mandato na Liga Portugal, e revelou que no próximo ano, entre os dias 23 e 26 de setembro, se realizará a 2.ª edição deste evento.
”Agradecer estes quatro dias extraordinários, que mostram o que vale o futebol português. É uma nova página de ambição e vontade de fazer diferente, assumir que o futebol português é vencedor. É um bocadinho esta a nova era que queremos criar na FPF, vontade desportiva de entrar para ganhar em tudo. É a mentalidade que trazemos na nova era, sem receios. Somos de uma geração ganhadora. Tenho 30 anos de futebol, ao mais alto nível. Sinto-me uma pessoa muitíssimo realizada em tudo o que me tenho envolvido. Com a minha equipa, é para ganhar. Foi assim enquanto árbitro. Em 2012 fui o melhor árbitro do mundo, apitei finais de Champions e Euro, estive na iminência de apitar a do Mundial. Terminei a carreira em 2014 e aceitei o desafio de ser presidente da Liga. A realidade era o que era. Após o início do trabalho, mérito e recuperação da Liga. Foram 10 anos de contas positivas, mais de 18 milhões acumulados, mais de 40 milhões em patrocínios. Infraestrutura que vale mais de 40 M€. Alicerces para a Liga continuar a desenvolver o seu trabalho. Foi com a minha comissão executiva que assumimos, pela primeira vez, a liderança das ligas europeias. Década de sucesso e positividade. E é a minha forma de estar, não olho para o passado, mas presente e futuro. Trabalho na Liga foi dos mais desafiantes como dirigente, gestor, com equipa de profissionais altamente competente. Comissão executiva que estaria em qualquer quadro superior do PSI-20. Como em todos os ciclos, há imensas coisas para serem feitas no futebol profissional. Liguista uma vez, liguista para toda a vida. Estou e estarei sempre disponível, enquanto presidente da FPF, de tratar os 29 associados dessa forma. Sucesso ou insucesso deles será o da FPF. O futebol português tem tanto e tantas alegrias para dar aos portugueses... Foi com essa ambição que chegámos à FPF. Funcionamos para as vitorias e elevação da autoestima dos portugueses, tendo como eixo central o adepto. Deixamos legado positivo, acredito na vontade de quem está na Liga de fazer coisas positivas. Agora o passo é outro", iniciou Pedro Proença.
O que significa unir o futebol português rumo ao sucesso? “Prefiro convergência do que unanimidade. É um quadro que nos une. Na Liga, nas cimeiras, dizia aos clubes que éramos parceiros de negócio e 90’ em que éramos adversários. O que conseguimos na Liga e se projetou para a FPF, convergência de interesses dos clubes profissionais, associações de classe. 75% do caderno eleitoral votou num projeto e não numa pessoa. Essa convergência é o maior legado que retiramos da Liga. Cimeiras difíceis, quadros legais complexos, mas convergência face a um bem comum coletivo, projetor competições profissionais, ultrapassando dificuldades como o Covid. Mudança de quadros competitivos, Taça da Liga agora é ovacionada e oferece o campeão de inverno. Quando chegámos à Liga, interessava projetar o presente e futuro. Agora na FPF também, somos privilegiados. Isto é com sete meses, quatro títulos internacionais, mas postura positiva e vencedora para o que queremos. Não basta dizer que temos os melhores jogadores, árbitros e dirigentes do mundo se não assumirmos que queremos ganhar. Onde a Seleção entra tem de ser para ganhar. Afirmação da autoestima dos portugueses em prol do que o PR dizia, ambição de sermos portugueses e, onde estamos, ser para ganhar. É a nova mudança na FPF".
Comentários de presidentes aqui...“Enquanto presidente da FPF, vou respeitar os 29 sócios ordinários que se autoregulam. Há no movimento associativo associações de classe e Liga. Ao presidente da FPF cabe-lhe o caminho de definir linhas vermelhas. Autoregulação é algo que espero que todas as entidades criem, convergência e discussão. Seremos muitíssimo respeitadores desse espaço. Ontem, o presidente da Liga, a quem desejo as maiores felicidades e tenho a certeza que vai conseguir criar convergência e tranquilize os players, a autoregulação será respeitada. Regulamentos, cimeiras serão respeitadas. Sempre que haja necessidade de intervenção do presidente da FPF, estarei disponível. Tenho uma excelente relação com todos os presidentes do futebol profissional, mas respeito a independência de cada uma no espaço de discussão. As linhas vermelhas serão definidas por mim e quando considerar que tenho de intervir, assim farei. Ate lá, esperar que organizações encontrem os seus caminhos...".
Centralização: "Conheço muito bem e acredito muito nesse processo. O presidente da Liga herdou diploma legal de 2021, com dois deadlines fundamentais. 2026 e 2028. Na Liga foi criar condições para os diplomas serem cumpridos. Tínhamos noção que eram sete anos, tempo imenso que necessitava de convergência e discussão. Houve vários momentos, criámos Liga, centralização, algo empresarial, replicámos boas práticas internacionais. Com o grande objetivo de colocar propriedades comerciais nos clubes. Foi um processo work in progress, 2026 e 2028 eram prazos fundamentais. Temos plena noção que é o mercado que irá ditar o resultado final sobre o diploma. FPF delegou à Liga esta responsabilidade, mas terá papel muitíssimo importante no documento final e de articulação. Acompanharemos, como sempre. FPF trata os seus 29 sócios ordinários da mesma forma e acompanha com entusiasmo este processo".
Balanço de sete meses na presidência da FPF: “Em todas as organizações a que chego, como dizia o PR, sou um otimista irritante, mas sou mesmo. Olho sempre pela perspetiva positiva para as coisas. Era fácil olhar para a FPF e dizer ‘o que faço com isto?'. E fizemos o maior Summit de futebol do mundo. Com positivismo e de forma dinâmica, sete meses muitíssimo intensos mas positivos. Encontrei equipa com pessoas altamente capazes, a minha equipa liderada pela Helena Pires... Estamos a fazer o que planeámos. Temos três eixos de intervenção, vamos fazê-lo com muito sucesso. Primeiro desportivo, segundo associativo e terceiro empresarial. Vão funcionar de forma articulada, sendo que, no final do dia, queremos títulos internacionais e que o futebol português se desenvolva".
2026 é para ser campeão do mundo? ”É para ser campeão do mundo. Quem tem esta estrutura altamente profissional, a estrutura que acompanha a Seleção de mais alto nível, quem tem o melhor jogador do mundo, tem de ambicionar ser campeão do mundo. Não podemos ter receio. Em 2004 vi o que fizemos. Ontem esteve aqui Gilberto Madaíl, antigo presidente, o trabalho iniciou-se há muitos anos. Temos de dizer isto: em 2026 queremos ser campeões do mundo".
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