Selecionador abordou a convocatória para a nova competição da UEFA
O selecionador Francisco Neto divulgou a lista de 23 jogadoras que irá representar Portugal na Liga das Nações. A nova competição da UEFA irá arrancar já na próxima semana e a equipa das quinas tem encontra marcada com a seleção francesa, no dia 22 de setembro, no Estádio du Hainaut, em Valenciennes. Segue-se depois um duelo com a Noruega, no dia 26, no Estádio Cidade de Barcelos. A concentração das Navegadoras na Cidade do Futebol está agendada para a próxima segunda-feira.
Após a divulgação das eleitas, Francisco Neto concedeu uma conferência de imprensa. Veja o que disse o selecionador:
Chamadas de Sierra Cota-yarde e de Nádia Gomes?
"A Sierra fez percurso connosco nos sub-19, no ano passado esteve integrada no projeto de sub-23. É uma jogadora em quem depositamos alguma confiança e, se bem se lembram, esteve connosco na preparação para o Euro’2022. Tem feito o seu percurso e sentimos que era um bom momento para a observarmos, nesta mudança de ciclo e na abertura da Liga das Nações. A Nádia foi uma jogadora que fez percurso de sub-19 connosco, esteve connosco em 2018, entretanto foi uma das escolhas para a liga profissional americana, foi mãe, teve essa felicidade na vida, e agora está de regresso ao mais alto nível. Com o desempenho que teve na época passada, faz-nos sentido neste momento poder observá-la. Temos feito esse acompanhamento, mas, acima de tudo, é uma mensagem de que o grupo nunca esteve fechado e que estamos atentos a todas aquelas que podem vir e contribuir."
O que espera das jogadoras depois do Mundial?
"Aquilo que queremos é, acima de tudo, o mesmo espírito, entreajuda, capacidade de sacrifício e a mesma competência. As jogadoras regressaram aos clubes depois do Mundial, temos feito esse acompanhamento de muito perto e o que temos visto tem-nos agradado imenso. Ainda agora a supertaça foi prova dessa qualidade. Por isso o que esperamos é que venham bem e com o mesmo espírito porque a competência elas têm."
Análise à França e à Noruega?
"São duas equipas que estiveram no Mundial. Dois registos um bocado diferentes: a França uma equipa supre poderosa coletiva e individualmente, a jogar em sua casa, é a equipa do pote 1 neste sorteio e, independentemente do adversário criou sempre muitos problemas. Era apontada por muita gente como uma das candidatas a poder disputar as medalhas. A Noruega acabou de mudar de treinador, apesar da convocatória não ter muitas alterações em relação aquilo que foram as peças essenciais do Mundial, mas sem dúvida que haverá novas ideias e dinâmicas e nós só teremos um jogo para entender qual a ideia geral. Tudo bem que vem dos sub-21, iremos fazer a nossa análise, mas será completamente diferente aquilo que terá ao dispor. Com 4 dias para prepara o jogo temos de nos focar na nossa dinâmica, voltar ao que de bom fizemos no Mundial, com pouco tempo de trabalho mas com a certeza de que muitas das coisas que trabalhámos nos 42 dias de Campeonato do Mundo terão de aparecer contra a França."
Apuramento para os Jogos Olímpicos 2024?
"Não é tão linear quanto isso o apuramento. Para nos apurarmos para o apuramento temos de ir à final four porque a França está no nosso grupo e só há 3 vagas. Acreditamos muito nas nossas jogadoras, sabemos do que são capazes, mas também sabemos que tem de ser um Portugal altamente competitivo, organizado para poder estar a lutar por esses feitos. É uma competição completamente nova, são seis jogos e a margem de erro é muito pouca. Cada jogo é uma final e eu acredito que se estivermos ao nível do Campeonato do Mundo estamos mais próximos de procurar fazer sonhar os portugueses e a nós."
Objetivos para a Liga das Nações?
"Os nossos objetivos estão bem definidos e alinhados com a nossa direção. É uma competição nova, com um espaço reduzido de erro e têm de ser 6 jogos competentes. Ao longo destes 9 anos, independente do nosso ranking, aquilo que queremos é chegar sempre às últimas jornadas a depender só de nós para que possam aparecer as tais 'gracinhas', é isso que vamos fazer. O primeiro objetivo que estará definido sempre, porque isto tem implicações para o Campeonato da Europa, é conseguir a permanência. A partir daí, é chegar a dezembro a depender só de nós e aí sim podermos ir a uma final four. Jogo a jogo, passo a passo, é essa a nossa mentalidade."
Custa deixar algumas jogadoras de fora da convocatória?
"Quando se trabalha com um grupo de jogadoras durante muito tempo, qualquer alteração custa sempre. Independentemente disso, nós treinadores temos de tomar as melhores decisões. Sentimos que era a altura de fazer alterações e não quer dizer que quem saiu não possa voltar. É o momento em que achamos que é importante trazer e observar jogadoras que nos podem aportar coisas diferentes. A mensagem que passamos é que não é por não se estar numa convocatória que não se possa estar na outra. É impossível dizer que não nos custa deixar jogadoras de fora."
Importância da Liga das Nações?
"Esta competição é muito interessantes e faz com que praticamente deixem de existir jogos particulares no feminino e eleva o nível porque todos os jogos têm um grau de dificuldade enorme. Tem implicações para o Campeonato da Europa e uma oportunidade espetacular para continuarmos a fazer crescer as nossas jogadoras para depois estarmos em melhores condições para lutar para o apuramento para o Euro e para o Mundial. O ter sido convidado é uma grande honra e vou representar a FPF e não apenas como Francisco Neto. Há um reconhecimento da UEFA parta aquilo que temos vindo a fazer e acredito que para a UEFA somos um caso de estudo. A reunião foi uma partilha de ideias, nomeadamente formas de jogar, os calendários, a densidade competitiva. É importante ouvir toda a gente para tomarmos melhores decisões para o futuro."
Critérios para realizar a convocatória, uma vez que a Liga BPI só arranca este fim-de-semana?
"Há também os jogos de preparação. No feminino não são públicas, mas nós estamos atentos. O grande critério é fazer o acompanhamento em relação aos jogos de preparação. Em espaço de seleção, é o momento, o que sentimos, o que fomos observando, mas também o passado da jogadora porque com pouco tempo de trabalho é impossível trazer 23 jogadoras que nunca tinham estado neste espaço de seleção."
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