Francisco Neto sobre o jogo com a Áustria: «Vai ser uma história diferente»

Selecionador Nacional remeteu para a correção de alguns aspetos de Portugal no encontro anterior

• Foto: Lusa/EPA

O selecionador nacional, Francisco Neto, abordou as correções que Portugal precisa de fazer para receber a Áustria, de forma a não cometer os mesmos erros que levaram à derrota anterior e frisou os "excelentes 45 minutos" iniciais da última partida.

"Há um grande perigo de jogar consecutivamente com a mesma equipa. Como equipa, temos de perceber que a história vai ser diferente. É muito fácil olhar para os 45 minutos que fizemos e dizermos que vai ser tudo igual e tudo se vai repetir, mas não podemos agarrar-nos e focarmo-nos apenas no jogo passado. Esta é uma Áustria que pode não alterar muito o onze, aliás, não estou à espera de grandes alterações nas titulares delas. Da nossa parte, só é necessário vir com a mesma preparação, porque temos este lado de pequena vingança, sempre no bom sentido. Temos aqui uma oportunidade de corrigir os nossos erros e manter a cabeça, porque o jogo vai ter uma história completamente diferente, talvez com um bloco mais baixo, ou até um eixo defensivo com três centrais da parte delas. A Áustria vai colocar-nos problemas diferentes amanhã, tenho a certeza. Isso, porque a treinadora delas é experiente e sabe que acabou por ter sorte por não perder o jogo logo na primeira parte", atirou o técnico.

Que correções foram feitas para o jogo desta terça-feira?

"Temos, independentemente do resultado, de nos concentrar na tarefa. Foi claro que a primeira parte foi bem feita. Sem dúvida nenhuma que os aspetos que temos que melhorar não passam só pela finalização. Somos uma equipa de primeira divisão, temos de melhorar e portarmo-nos bem nesse sentido. Estamos a fazer algo de muito bom, porque, acima de tudo, o que queremos é criar a consistência dos primeiros 45 minutos do jogo passado. Sabemos que os golos vão aparecer, com este volume ofensivo que temos apresentado. Ao mesmo tempo, temos sempre um 'plano B', para tentar ir atrás de alguma coisa que nos falhe na primeira abordagem. Houve algumas coisas que não correram bem, obviamente, mas continuo a dizer que amanhã será uma história diferente. Acredito mesmo que será completamente diferente."

Fator casa, aqui no Estádio do Varzim, tem importância?

"Logicamente que sim, como a Ana [Borges] disse e muito bem, não queremos só olhar para este momento, mas os adeptos caseiros ajudam-nos imenso e sei que vão estar a apoiar-nos amanhã. Vão ser influentes na decisão do resultado, como são sempre."

O objetivo, após a derrota passada, continua a ser o mesmo? 

"Sim, é um objetivo que depende só de nós. Quer dizer, dependia, agora não, porque o objetivo inicial foi traçado anteriormente, que era manter a equipa na primeira divisão. Era chegar a dezembro a depender só de nós, mas já precisamos de outros resultados envolvidos para conquistar a primeira posição do grupo. Agora, temos que fazer o nosso trabalho, que é continuar a pontuar e conquistar os três pontos amanhã, diante da nossa população. Depois, é voltar a preparar uma pausa de novembro de alta exigência. Nós já sabiamos que a margem de risco desta competição era muito diminuta, porque é muito curta. Dentro de campo, houve momentos em que fomos superiores e o nosso desejo é ser superiores durante mais tempo e sermos mais consistentes."

E sobre a dificuldade para manter a baliza a zeros...

"São contextos diferentes. São adversários diferentes. É verdade o que disse, eu no entanto olho de outra maneira, porque já criamos muitas oportunidades, mais do que criamos no campeonato do mundo. A verdade é que, como um todo, apesar de termos sofrido mais golos, temos criado mais oportunidades. Não estamos contentes com os golos sofridos, claro, e temos que querer ser melhores. É um bocadinho nesta sequência, de corrigir os problemas que têm surgido e melhorar constantemente."

O eixo defensivo vai ser alterado, com a baixa da Ana Seiça.

"Qualquer lesão que venha para as equipas nunca é agradável. Queriamos contar com todas as jogadoras, mas sobretudo confiamos em todas as jogadoras. Quem for lá para dentro, estará disponível e preparado para o desafio. Acima de tudo, todas estão com um grande espirito de missão. O nosso trabalho como treinadores é prepará-las para o desafio em questão e confiar no trabalho que elas têm feito, nesse sentido tem corrido bem."

Por Record
Deixe o seu comentário
Newsletters RecordReceba gratuitamente no seu email a Newsletter Premium ver exemplo
Ultimas de Seleção Feminina
Notícias
Notícias Mais Vistas