Fernando Santos, técnico da Seleção Nacional, foi convidado pela Faculdade de Motricidade Humana (FMH) para dar uma palestra aos alunos de mestrado em treino desportivo sobre o seu conhecimento em treino, na vertente de futebol. O técnico, de 64 anos, tentou transmitir aos estudantes a importância que uma formação tem para se ser um bom treinador de futebol.
"As minhas formações para ser treinador foram três. A primeira foi a que tive enquanto jogador, aprendi com todos os técnicos que tive quando jogava. A segunda foi participar nos cursos de treinador, sendo que aqui foi quando tive o primeiro contacto com a metodologia de treino. A terceira foi ter lido muitos livros sobre exercícios de treino e sobre desporto, mas atenção que só ler livros não nos faz ser bons técnicos de futebol", alertou o Selecionador, antes de acrescentar que o trabalho diário é o caminho para o sucesso.
"Para sermos bons neste mundo, temos que trabalhar muito e estar com disposição para aprender todos os dias. Noventa por cento é trabalho e o talento é, somente, 10 por cento. Às vezes, amigos meus dizem que tenho sorte e eu respondo-lhes que a sorte é trabalhada", revelou Fernando Santos.
O Selecionador ainda disse que um bom técnico de futebol, nos dias de hoje, não pode perceber só de futebol, tem de ter conhecimentos noutras áreas. "Quem quer ser treinador tem de perceber de futebol, no sentido da estratégia, e de outras áreas, como a gestão de recursos humanos por exemplo", referiu.
Teve de mudar mentalidades dos jogadores na Grécia
O selecionador nacional, Fernado Santos, já treinou no estrangeiro, tendo orientado o AEK, Panathinaikos, PAOK e a seleção grega. Nestas experiências fora de Portugal, o técnico teve que resolver vários problemas, um deles os horários dos treinos, dando um exemplo aos alunos presentes na palestra.
"Em diferentes clubes encontramos diferentes problemas. Nós como treinadores temos que arranjar soluções para os resolver. Uma vez, na Grécia, marquei um treino para as 8 horas da manhã e os jogadores vieram ter comigo e disseram que não dava para estarem lá a essa hora, então eu mudei a hora para as 7 da manhã e eles voltaram a falar comigo e disseram que assim era melhor ser às 8. Isto aconteceu porque na Grécia eles deitam-se muito tarde e treinam ao fim do dia, é cultural. Tive que explicar-lhes os benefícios de treinar de manhã", contou.
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