Jogador que deu a vitória na final do Euro'2003 alinha no Tondela...
Autor dos dois golos que deram há 10 anos o título europeu de Sub-17 a Portugal, Márcio Sousa procura, aos 27 anos, recuperar o tempo perdido e finalmente chegar ao topo.
A 17 de maio de 2003, no Estádio do Fontelo, em Viseu, Márcio Sousa, na altura com a pesada alcunha de Maradona, deu o último título internacional a Portugal, com dois golos que derrotaram a seleção de Espanha (2-1), na qual pontificam jogadores como David Silva ou Jurado.
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"As melhores recordações são os dois golos que marquei e a festa que aconteceu no fim. É o que mais me marca", disse Márcio Sousa, em declarações à agência Lusa.
Membro de uma seleção na qual estavam também João Moutinho e Miguel Veloso, habituais titulares da equipa principal das quinas, além de Vieirinha e Paulo Machado, Márcio Sousa joga atualmente no Tondela.
"Na altura, foi por culpa própria, por algum deslumbramento, por não ter ninguém que me ajudasse. Certamente não cheguei ao patamar que pretendia, mas ainda vou a tempo", referiu.
Depois de ter terminado a formação no FC Porto, o médio andou "perdido" por clubes dos escalões inferiores, regressando este ano aos escalões profissionais, ao serviço do Tondela.
"Acho que ainda posso chegar à primeira divisão. Estou a fazer uma excelente época em Tondela. As coisas têm corrido de feição, por isso, agora é só as pessoas acreditarem. Estou renascido e estou aqui para mostrar o meu valor, que, na altura, foi bastante reconhecido", afirmou.
Da seleção de 2003, apenas quatro jogadores não atuam no primeiro escalão ou no estrangeiro, um dos quais Márcio Sousa, que acredita que o aproveitamento desta geração se deve ao seu valor.
"As pessoas viram que havia e há qualidade. Há jogadores em grandes clubes, os outros, a maior parte, está na Liga, isso acontece porque viram que a nossa seleção tinha valor. E realmente teve, porque ganhámos o último título por Portugal", sublinhou.
Sobre a seca de títulos de Portugal, Márcio Sousa lamenta a aposta dos clubes portugueses, em especial os três grandes, em jogadores estrangeiros nos escalões jovens, o que dificulta a tarefa dos selecionadores.
"Lembro-me que na altura o FC Porto levava cinco ou seis, o Sporting e o Benfica outros tantos. Com as equipas a jogarem com tantos jogadores, chegas ao fim e para o selecionador é mais fácil fazer uma equipa, porque os jogadores já se conhecem. Ao longo do ano, vais jogando com esses jogadores e já sabes o que eles fazem. Isso é muito vantajoso. Agora, quando os grandes já utilizam bastante estrangeiros, isso é mais complicado. Muitos portugueses que vão à seleção por estarem no FC Porto, Benfica e Sporting, mas se calhar nem jogam na sua equipa. E isso nota-se bastante", concluiu.
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