Atual selecionador do Kuwait foi também um dos jogadores que se sagrou campeão mundial há 36 anos
O treinador Hélio Sousa considerou hoje que o título mundial da seleção portuguesa de futebol de sub-17 é "tão ou mais importante" do que o título mundial de sub-20 de 1989, enquanto incentivo ao investimento no jogador luso.
Campeão europeu como selecionador luso nos escalões sub-17, em 2016, e sub-19, em 2018, o hoje selecionador do Kuwait foi também um dos jogadores que se sagrou campeão mundial há 36 anos, em Riade, num momento que "marcou o futebol português", tal como o título conquistado na quinta-feira, no Qatar, num tempo em que vê a aposta em jogadores jovens competir com a globalização do futebol.
"O título é tão ou mais importante [do que o de 1989]. Cada vez as coisas acontecem mais cedo. Muitos destes jogadores estão no campeonato 'revelação' sub-23 e outros nas equipas B. (...) Por toda a globalização, a I e a II Liga têm um número enorme de estrangeiros. Acontece em todo o lado. É sempre importante a afirmação do nosso jogador jovem para que o investimento nele tenha continuidade", disse à Lusa.
Presente em Doha, por ocasião de um estágio da seleção do Kuwait, o setubalense, de 56 anos, teve a oportunidade de assistir à final com a Áustria (1-0) e viu uma equipa que cresceu desde a conquista do título europeu em junho, a tentar "impor o seu modo de jogar", mas a revelar, em simultâneo, "capacidade de adaptação" ao adversário.
"Na final, fomos mais perigosos durante o jogo inteiro, embora, na segunda parte, a Áustria tenha conseguido mais situações para empatar. Tivemos sempre um grande controlo e um sentimento de segurança de que iríamos sair vencedores", descreveu.
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Sem oportunidade de se encontrar com o selecionador Bino Maçães, Hélio Sousa realçou uma das "grandes mais-valias" do grupo campeão do mundo, já antes referida pelo atual 'timoneiro' dos sub-17: jogadores que "querem ouvir, perceber, receber informação e, depois disso, tentar ser melhores".
O treinador vincou, porém, que as principais 'medalhas' que Bino Maçães pode receber são as de ver os seus jogadores "conseguirem, no mínimo, uma carreira profissional e, eventualmente, atingirem patamares de excelência", algo que têm de "continuar a perseguir" no trabalho do dia-a-dia.
Embora a projeção dos "jovens jogadores" lusos seja, por um lado, mais fácil do que em 1989, face ao desenvolvimento dos clubes nas infraestruturas e nos recursos humanos e à presença de vários portugueses nas "melhores ligas do mundo", ao serviço de alguns dos "melhores clubes do mundo", o técnico lembra que "o mercado é cada vez mais global", com "jogadores a aparecerem de todos os lados".
Convidado em 2009, por Carlos Queiroz, a integrar a estrutura da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na qual viria a permanecer até 2019, Hélio Sousa lembra que as várias gerações jovens desde 2011, ano em que Portugal foi finalista no Mundial de sub-20, têm disponibilizado jogadores à seleção principal e crê que a equipa de sub-17 campeã mundial não será exceção.
"A partir dessa geração, todas as gerações acabaram por dar jogadores à seleção nacional. (...) Alguns jogadores mantiveram-se como peças fundamentais da seleção nestes últimos 15 anos. Quase todas as gerações tiveram presenças em fases finais dos campeonatos da Europa de sub-17 ou de sub-19. Essas presenças são muito importantes para o desenvolvimento dos nossos jogadores", esclareceu.
Portugal juntou o título mundial ao europeu de sub-17 na quinta-feira, ao vencer na final a Áustria, por 1-0, com um golo de Anísio Cabral.
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