Noronha relembra lesão que "podia ter acabado com a carreira de Cristiano Ronaldo"

Médico da Seleção na conquista do Euro'2016 tem poucas dúvidas de que a entrada de Payet "foi uma tentativa de acabar com Portugal" na grande final

Presente na homenagem que decorreu esta tarde no XVIII Congresso Internacional de Futebol, na Universidade da Maia, onde foi recordada a conquista do Campeonato na Europra de 2016, José Carlos Noronha, na altura um dos responsáveis pela Unidade de Saúde da FPF, recordou um dos momentos mais marcantes dessa conquista que foi a lesão de Cristiano Ronaldo na final de Paris, após uma entrada de Dimitri Payet, que muitos defendem ainda hoje ter sido propositada. José Carlos Noronha, aliás, defende essa tese.

"Aquela lesão não sei se era para acabar com a carreira do Cristiano Ronaldo... Aquilo quando se vê ao pormenor foi nitidamente uma tentativa de acabar com Portugal e terminar ali também com o Ronaldo. Foi uma lesão inválida, cujas sequelas não interessa aqui referir, mas que podia ter acabado com a carreira do Cristiano Ronaldo definitivamente. Lembro-me que fui para o balneário com muita apreensão para fazer o exame médico, perante as lágrimas do Ronaldo, mas foi quando me apercebi que a lesão não era tão grave como se temia inicialmente, algo que percebi pelas constantes repetições do momento. Quando vemos aquilo em câmara lenta, o mecanismo da lesão e como ela ocorre, isso é importante porque o diagnóstico fica quase feito. Mas aí o temos o nosso homem das Arábias e sempre a marcar, o que é o mais importante", lembrou aquele que é um dos maiores especialistas mundiais em lesões ligamentares nos joelhos, recordando também o problema num joelho que Éder tinha antes da competição e que foi resolvido em tempo útil, ele que viria a ser precisamente o herói de Paris ao marcar o golo da vitória frente à França.

José Carlos Noronha, depois de uma pergunta da plateia, esclareceu ainda que, na altura, a lesão de Cristiano Ronaldo "foi no ligamento lateral interno, atualmente colateral mediano, não foi no tendão rotuliano, mas foi uma lesão que cicatrizou espontaneamente e, em dois meses e meio, três, ele já estava a jogar".

Por António Mendes
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