Jogo com o Bayern Munique mostrou jogador disponível para defender muito e bem
O cruzamento de Ricardo Quaresma para o interior da área dinamarquesa apanhou Cristiano Ronaldo em suspensão, seguindo-se o cabeceamento certeiro e três pontos para Portugal, no apuramento para o Europeu de 2016.
Depois de dois anos e quatro meses fora da Seleção, Ricardo Quaresma voltava à primeira linha e o melhor jogador do Mundo não quis deixar passar em claro a assistência. Estava em causa o início de um novo ciclo, depois de Paulo Bento ter prescindido da colaboração do extremo portista, preterido em favor de Silvestre Varela, na sequência de alguns problemas ocorridos durante a fase de preparação para o Euro'2012.
Na quarta-feira, Quaresma voltou a espantar a Europa com dois golos marcados pelo FC Porto ao Bayern Munique, nos quartos-de-final da Liga dos Campeões, e a sua titularidade na Seleção Nacional voltou à agenda. Por que não?
Quaresma jogou pela última vez no onze inicial de Portugal a 26 de maio de 2012, frente à Macedónia (0-0), em teste antes da partida para o Europeu. Pouco depois entrou numa fase de "travessia do deserto" a que Fernando Santos, substituto de Paulo Bento, decidiu pôr cobro, em outubro de 2014.
Marcador do penálti que deu o único golo a Portugal na derrota (1-2) com a França, Quaresma esteve em destaque no duelo frente à Dinamarca. Mas sempre na qualidade de suplente utilizado.
Desenho tático diferente
Fernando Santos decidiu declaradamente mudar o desenho tático da equipa portuguesa, de 4x3x3 para 4x4x2, de modo a potenciar uma maior aproximação de Cristiano Ronaldo a zonas de finalização e, simultaneamente, fazer frente à crise de pontas de lança. Nani à direita e Danny junto a Ronaldo ganharam preferência. Quaresma ficou de reserva.
A famosa dificuldade de Quaresma para cumprir tarefas defensivas tem-no penalizado sistematicamente, tanto no clube como na Seleção, mas a intensidade posta no jogo com o Bayern Munique, em que cumpriu 84 minutos de alto nível, coloca-o ao nível ou mesmo acima de outras opções.
Doze extremos, cinco pontas-de-lança
Nos últimos dois anos e meio passaram pela equipa nacional doze extremos e cinco pontas-de-lança. Varela, Ivan Cavaleiro, Vieirinha, Nani, Cristiano Ronaldo, Quaresma, Danny, Pizzi, Bernardo Silva, Hélder Barbosa, Rafa e Ricardo Horta jogaram nas faixas da Seleção Nacional, dando a imagem de Portugal como um grande produtor de extremos de qualidade. Embora alguns fossem variando no posicionamento, foi a partir dos flancos que apareceram a jogar. E depois de Nani também ter atravessado um mau período, eis que o extremo do Sporting e Quaresma, os dois principais candidatos à ala contrária à de Ronaldo, surgem em grande forma.
Já os pontas-de-lança chamados à equipa portuguesa foram em número menor e de expressão mais reduzida: Hélder Postiga, Hugo Almeida, Nélson Oliveira, Éder e Edinho.
Fernando Santos tomou a opção que faltava: mudou o desenho tático em função da oferta, em vez de adaptar Ronaldo ao 4x3x3. E com isso ganhou muitas opções, estando agora Quaresma à espreita da oportunidade bem sucedida que Julen Lopetegui lhe concedeu no FC Porto.
Campeão europeu afirma, em entrevista ao Record Gaming, que ainda não viu um jogo da Seleção que o convencesse totalmente
Capitão da Seleção Nacional fez publicação nas redes sociais
Selecionador admite equacionar Quenda e Mora e vai decidir entre Houston e Miami como base no Mundial
Doha, no Qatar, recebeu o evento que premiou os melhores do ano
Avançado do PSG eleito o melhor jogador do Mundo com 50 pontos, mais 11 do que Yamal e 15 do que Mbappé
Em causa a lesão e consequente ausência de Assane Diao na CAN’2025
Ousmane Dembélé levou a melhor na votação do prémio da FIFA