Roberto Martínez, o novo selecionador nacional, respondeu, em
vídeo divulgado esta terça-feira pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a algumas perguntas colocadas por adeptos, revelando quais os motivos que o trouxeram ao nosso país e à nossa Seleção.
"A grande reputação que a Seleção tem a nível mundial. Tem futebolistas muito competitivos. É preciso conhecer a estrutura. O dia a dia e o profissionalismo são muito importantes. Era impossível não querer fazer parte do projeto", começou por dizer Martínez, assumindo que, em trabalho, prefere ser tratado por mister.
Questionado sobre as principais caraterísticas que um jogador precisa de ter para ser um 'jogador de seleção', o catalão não hesitou. "Que saiba jogar sob pressão. Todos os jogadores têm qualidades diferentes, mas o mais importante é saber que no futebol internacional não há margem de erro. Dá-me a sensação que o futebolista português tem essa capacidade, está feito para ser competitivo. Temos muitas opções, são mais de 50 jogadores a atuarem nas cinco melhores ligas do Mundo".
Além de garantir que prefere "ganhar 5-4 do que 1-0", uma vez que "jogar bem sem ganhar não existe", e de revelar que o seu prato preferido em Portugal é, até ao momento, o cozido à portuguesa, Martínez falou ainda das expectativas que tem para a qualificação para o Euro'2024.
"Não há margem de erro. Espero jogar contra equipas que se vão adaptar para serem competitivas contra nós, e temos de estar muito preparados. Objetivo como selecionador? O objetivo tem de ser sempre a longo prazo, é preciso saber como chegar até ele. Agora é preciso ter uma imagem do Mundial'2026 e, a partir daí, trabalhar de uma forma que possamos tirar o melhor dos nossos jogadores. É por isso que os jogos de março [Liechtenstein e Luxemburgo] vão ser tão importantes. Já tive a oportunidade de conhecer alguns jogadores e têm um grande amor pela Seleção. O compromisso é total, e isso para um treinador é a forma perfeita de começar", concluiu Martínez, que deixou também elogios à Seleção Nacional feminina, destacando o "feito histórico" da qualificação para o Mundial.