Capitão lembra como a confiança dos rivais ajudou ao sucesso de Portugal no Euro
Cristiano Ronaldo não tem dúvidas. A confiança demonstrada pelos franceses numa vitória na final do Euro'2016, nos momentos que antecederam o jogo de Saint-Denis, acabou por ser um trunfo decisivo para o sucesso de Portugal no Stade de France, a 10 de julho passado.
"Quando começamos o aquecimento, no relvado, senti os franceses demasiado descontraídos. Eles sorriam muito. Claro que tens o direito de sorrir antes de um jogo, mas todos me pareciam muito felizes. Como se eles já tivessem ganho a final. Creio que isso foi uma vantagem para nós porque disse nesse momento aos meus companheiros: 'Rapazes, os franceses estão convencidos de que vão conquistar o título. Eles pensam que vão bater-nos facilmente mas nós não vamos deixar'. Foi exatamente isto que se passou...", recordou o capitão da Seleção Nacional, em entrevista à 'France Football' desta terça-feira, na qual passou em revista todos os momentos vividos em França.
Relacionadas
Ainda sobre a fase que antecedeu o encontro, CR7 revelou que não chegou a fazer qualquer discurso à equipa antes da entrada em campo. "Tive de fazer quatro ou cinco discursos durante o Europeu mas não no dia da final. Porquê? Porque senti que a argumentação do treinador era de tal modo boa que não iria arriscar-me a estragar tudo dizendo alguma treta. Fernando Santos transmitiu palavras tão positivas que eu sabia que os jogadores tinham entendido a sua mensagem", disse.
Ronaldo adiantou que tudo se passou normalmente. "Foi a rotina habitual. O treinador deu o onze, apresentou a sua estratégia para o jogo e, depois, cada um preparou-se ouvindo música, fazendo exercícos... E eu conversei com um dos meus companheiros", adiantou, sublinhando que aproveitou para motivar os companheiros: "Não fiz um discurso para o coletivo mas, enquanto capitão, conversei com cada um dos jogadores. O meu objetivo era retirar pressão, com uma mensagem adaptada a cada um."
"Ao Pepe, por exemplo, que é um jogador experiente, pedi que animasse os mais jovens e para subir as linhas no relvado. Aos menos experientes, tranquilizei-os. Ao Renato Sanches disse-lhe para estar tranquilo, para jogar simples e recuar para defender quanto perdesse a bola. Pedi também para jogarmos de forma compacta como fizemos desde o início do Euro. Eu próprio, nesse momento, comecei ficar um pouco nervoso mas tinha que ajudar os outros transmitindo-lhe uma energia positiva", revelou.
Papel de irmão mais velho
Na entrevista à revista gaulesa, Cristiano Ronaldo confirma que se sente bem no papel de irmão mais velho na relação com os companheiros. "Sim, sobretudo com Portugal. Porque são jogadores menos experientes que os do Real e disputaram menos jogos importantes. A Seleção Nacional e o Real Madrid são dois mundos completamente diferentes. Claro que também falo no balneário merengue. Mas, com Portugal, tenho o sentimento que é necessário que faça este trabalho específico porque os jogadores olham-me como o líder, como alguém que os ajuda e que os protege."
Já em relação ao balneário do Real Madrid, Ronaldo admitiu que houve brincadeiras entre os jogadores de várias nacionalidades mas não com os franceses Benzema e Varane. "Nem falei com eles durante o Europeu. Claro que no balneário do Real, antes de partir, houve conversas. Vários dos meus companheiros disseram-me: 'Cristiano, vais ter umas férias longas este verão'. Poucos acretitavam que Portugal seria capaz de ir até ao fim. Brincamos também com Toni Kroos e os espanhóis. Não muito com os franceses, porque Karim estava numa situação que todos conhecem e Raphaël estava lesionado. Estavam ambos em momentos delicados", recordou.
Novo selecionador dos sub-21 gostou do que viu diante do Azerbaijão
Hélder Ferreira e Gonçalo Gregório, duas das figuras do emblema de Yerevan, falaram a Record
Triunfo indiscutível por 5-0, com todos os golos a serem marcados na segunda parte
Capitão da Seleção Nacional apontou um hat-trick na vitória por 3-2 em 2015 e marcou no empate (1-1) em 2007
Companhia aérea 'proibiu' música do defesa nos seus voos
Pressão sobre águias e dragões faz disparar gastos a Liga Betclic, defende economista João Duque
Médio jogou no Galatasaray com o extremo, que foi polémico ao apresentar-se no Fenerbahçe
Uche replicou, palavra a palavra, a publicação do jogador português nas redes sociais e só trocou... os clubes