Extremo confirma evolução transversal e que o país será ainda mais atractivo para os melhores jogadores
O terceiro e último dia do Thinkin Football Summit arrancou com um painel vocacionado a analisar a revolução que se está a assistir no futebol da Arábia Saudita e contou com a presença, através de vídeo-conferência, dos treinadores Pedro Emanuel e Luís Castro e o extremo Fábio Martins.
Experiências na primeira pessoa sobre a evolução do fenómeno e quais são os alicerces da sustentabilidade, na certeza que todos os convidados assumiram o elevado investimento financeiro como o grande argumento para esta explosão, mas também defenderam a competitividade da prova e o respeito apaixonado do público como os principais argumentos para manter a projeção pretendida.
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"Estou cá há quatro anos e o que se sente é a mudança de mentalidade e a tentativa de melhorar o profissionalismo e a organização. É o início de uma nova era e é bom estar por cá. Sinto uma grande motivação generalizada e é sempre bom participar numa Liga com nomes sonantes. Espero que seja uma aposta para continuar", explicou Fábio Martins, jogador do Al-Khaleej.
"Vim para fazer o meu trabalho e ser o jogador que era. Antigamente pensavam que as pessoas vinham para se reformar, mas hoje a mentalidade é diferente. Vim para transmitir qualidade, dar intensidade e tentar conquistar as coisas. Muita gente pergunta-me como as coisas estão e acho que há uma linha e não é só o dinheiro. O futebol tem melhorado a olhos vistos", prosseguiu.
O português relata as mudanças que tem notado na liga: "Os jogadores sauditas já perceberam que as coisas mudaram e que para terem hipótese de jogar têm de ter muito mais intensidade, além das questões de cumprimento de horários e de exigência no treino. Eles têm vontade de participar. Há cada vez mais estrangeiros e fala-se que o número vai aumentar na próxima época, logo é a lei da sobrevivência. Se querem jogar têm de se habituar à exigência e evoluir."
Há uns anos o sonho de um jogador era jogar em Inglaterra ou na Itália, será que agora as coisas estão a mudar? "Sem dúvida. Isso aconteceu comigo. Todos têm ambição legítima de chegar às melhores ligas e à seleção. Também aspirei a isso, mas tive de pesar tudo na balança e em garantir o futuro. Uma coisa não invalida a outra. Garantir o futuro da minha família a ganhar mais dinheiro não invalida o meu desenvolvimento como jogador e homem. Porque é que acham que os jogadores da América do Sul querem vir para a Europa? Os motivos são os mesmos. Também vemos o Chelsea e outros a gastarem milhões na mesma ordem. Cada vez será mais normal um jogador jovem querer vir para cá."
A finalizar, Fábio Martins explicou qual será o próximo passo no sentido de melhorar o futebol saudita. "A sustentabilidade requer continuidade. A nível de marketing não há melhor, até pela chegada de todos estes jogadores. Então é só continuar. Acredito que o investimento vai continuar a todos os níveis e isso é fundamental para tudo continuar a superar."
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