Transparência e sustentabilidade no Thinking Football: «Temos computadores dos anos 70 com um software de 2024...»

Miguel Poiares Maduro, Laurentino Dias e Hermínio Loureiro no debate

• Foto: Liga Portugal

A transparências e a sustentabilidade no futebol estiveram em discussão no Thinking Football, este sábado, no Porto, num painel que contou com a participação de Miguel Poiares Maduro, antigo Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Laurentino Dias e Hermínio Loureiro, ambos antigos Secretários de Estado do desporto.

"Temos as regras de fair-play financeiro, de integridade, mas o problema fundamental é qual é o mecanismo de governo adequado para garantir que essas regras sejam adequadas. O futebol até está mais evoluído que outras modalidades, mas é um problema em que temos computadores dos anos 70 com um software de 2024. O negócio do futebol é hoje um e a sua cultura de governo permaneceu muito numa lógica amadora e associativa e tem hoje de mudar muito nesse sentido", defendeu Miguel Poiares Maduro, pugnando pela modernização da forma de gestão dos clubes e da própria modalidade.

Pelo seu lado, Laurentino Dias apontou a uma mudança em andamento, através da renovação geracional dos dirigentes: "O futebol português é uma realidade bonita, que traz a todos nós alegrias e momentos inesquecíveis. Tem o futebol português um caminho para fazer ainda, que é duro e difícil, no sentido de maior sustentabilidade e transparência. Acho que esse caminho se faz menos pelos governos e mais pelos próprios intervenientes. Tenho esperança que uma nova geração de dirigentes de clubes seja uma alavanca para esse caminho que o futebol português deve trazer."

Por fim, Hermínino Loureiro destacou a evolução já registada nos últimos anos em termos de transparência, apontando à necessidade de uma aproximação dos organismos internacionais nessa temática. "As diferentes alterações das legislações têm procurado que exista mais controlo e rigor, como regime jurídico das SAD, e onde muitas vezes é preciso reforçar os mecanismos de controlo e fiscalização. Mas não se pode parar. Os países nesta área de garantir que haja transparência e verdade desportiva, a nível internacional, tem de se organizar melhor. É um desafio, mais um, que a União Europeia tem de ter de forma consistente, dizendo que querem que haja transparência, integridade, que seja um desporto em toda a sua dimensão", disse.

Por Record
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