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"Agora o meu sonho é discutir a vitória numa corrida de Super Car do Europeu"

Em Istambul, na última ronda do Campeonato da Europa de Ralicross, João Ribeiro foi coroado campeão. Um feito único para o piloto português.

João Ribeiro

Ao fim de três épocas no Campeonato da Europa de Ralicross, João Ribeiro fez história para Portugal, ao sagrar-se campeão na categoria RX3, aos comandos de um Audi A1S1600, depois de, na jornada de encerramento, em Istambul, superar o letão Rytis Gurklys (Audi S1 1600) por uma diferença de nove pontos. Nunca até então um piloto português tinha levado tão alto a bandeiras das “Quinas” na competição FIA de ralicross, muito embora um familiar - o tio - do agora campeão, Luís Ribeiro de seu nome, tivesse arrebatado o título de 2003 na classe rainha (super Buggy) do autocross europeu. Natural de Baltar, João Ribeiro, agora com 42 anos, nasceu no seio de uma família com fortes tradições nas corridas em pistas de terra. Começou a acelerar nas motos, mas aos 24 anos dava os primeiros passos no ralicross, para alguns anos depois estruturar uma carreira que o levou aos quatro títulos nacionais, até voar para as andanças internacionais. Em 2024 já discutiu o Europeu RX3, fruto da experiência adquirida nas duas épocas anteriores.

A conquista do título europeu RX3 foi a concretização de um sonho antigo?

Sem dúvida, foi a concretização de um sonho que eu alimentei com o meu envolvimento crescente no ralicross. No início, nunca tal coisa me passou pela cabeça, pois a intenção era apenas disputar corridas e divertir-me. Percebi que poderia ser campeão nacional, consegui conquistar o título quatro anos consecutivos e depois, de forma natural, surgiu a ambição de dar o salto para o Europeu. Nas primeiras corridas além-fronteiras vi que, eventualmente, poderia ter capacidades de lutar de igual para igual com aqueles pilotos. Adquirimos um carro idêntico [Audi A1 S1600] ao deles, na altura considerado o mais competitivo, e ao fim da terceira época começamos a discutir as vitórias. A partir de então, foi sempre a acreditar que um dia poderia sagrar-me campeão.

Digamos que agora, com o sonho concretizado, o João Ribeiro já pode afastar-se das corridas…

Não, de modo algum. Essa é uma hipótese de está afastada dos meus horizontes! Quero e vou continuar a correr. Gostava de ter a oportunidade de competir noutra classe, não sei, por questões económicas, se vai possível, porque estão em causas valores monetários muito elevados. Mas quero continuar, como é óbvio, ligado às corridas, embora não tenha intenção de repetir a mesma classe no Europeu.

O que é necessário para ser campeão europeu de ralicross?

Muito trabalho de logística, muito conhecimento para ajustar o carro, em termos de afinação, às caraterísticas de cada pista, de modo a tirar o máximo partido do seu potencial. As condições de tração variam muito de pista para pista. O que sentimos em Portugal, por exemplo, é completamente diferente daquilo que vamos encontrar na Suécia, em cuja pista, devido ao frio, há muito menos aderência. Quem conseguir chegar ao compromisso correto, entre o carro e as condições da pista, é quem vai andar na frente.

No universo do desporto automóvel, qual é o piloto que mais admira e porquê?

O sueco Johan Kristoffersson. É a frieza em pessoa e um piloto talhado para vencer. Consegue adaptar-se facilmente a qualquer pista, é rápido em todas as circunstâncias e com o tipo de carros. É um piloto extremamente agressivo e ao mesmo tempo respeita os adversários, o que é fantástico.

A partir de agora, e com este título europeu, o que falta ao João Ribeiro para se sentir plenamente realizado no desporto automóvel?

Conseguir discutir a vitória numa corrida de Super Car do Europeu. Estamos a trabalhar nesse sentido em relação a 2026. Claro que um dos entraves reside na parte económica, mas estamos a tentar chegar lá. Se conseguirmos dar esse passo, será com um carro que nos permita lutar pelos triunfos.

João Ribeiro, no seu Audi A1S1600
João Ribeiro, no seu Audi A1S1600

Ralicross Nacional: decisão dos títulos em Lousada

As decisões dos títulos no Campeonato de Portugal de Ralicross/Kartcross estão aprazadas para os próximos dias 11 e 12 deste mês de outubro, em Lousada, na última ronda (8ª) da época. André Marinho, André Monteiro e Rafaela Barbosa estão na luta pelo ceptro absoluto na categoria Nacional 2RM, enquanto José Oliveira e César Pereira lutam pela vitória nos Super Cars. Jorge Machado e Tiago Ferreira são os candidatos ao título na Super 1600 e no kartcross Pedro Marques, Alexandre Borges e Gustavo Henriques partem para a “ronda” do tudo ou nada separados por… dois pontos.