Campeão Meeke é o mais forte
Piloto britânico continua a fazer uma temporada irrepreensível.

Três vitórias e um segundo lugar espelham, esta época, a superioridade de Kris Meeke (Toyota GR Yaris Rally2), que só não concluiu a etapa portuguesa do WRC no Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), depois de cumpridas as cinco primeiras provas. Se é verdade que ainda nada está decidido, quando restam mais três jornadas no calendário (Madeira, Água e Vidreiro), não deixa de ser bastante confortável a situação do campeão em título. O piloto britânico trocou a Hyundai pela Toyota no final de 2024, mas continua a ser o mais forte, apesar da chegada de Dani Sordo… à Hyundai, e soma atualmente 49 pontos de vantagem para aquele seu antigo rival no WRC e uma margem idêntica em relação a Armindo Araújo (Skoda Fabia RS Rally2).
Este último, que já em 2024 foi o principal adversário de Meeke na luta pela primazia do campeonato, reafirma-se, com andamento e resultados, sem “prazo de validade” e, face à consistência demonstrada, dificilmente deixará de manter o papel de melhor português no despique com os dois antigos pilotos oficiais de equipas do WRC.
Em cinco ralis, o piloto da Toyota Gazoo Racing Caetano Portugal rubricou o melhor tempo em 69,2 por cento das classificativas (52 no total) disputadas, o que reflete um acentuado domínio, ao qual se acrescentam dois factos relevantes: no Vodafone Rally de Portugal terminou a última classificativa como “vencedor”, mas a quebra da suspensão traseira impediu-o de chegar ao controlo final; e em Castelo Branco uma penalização de 15 segundos, já depois de concluída a prova, relegou-o para o segundo lugar.
Mais do que as “performances” no ano de estreia com o Toyota GR Yaris Rally2, a regularidade de Ricardo Teodósio permitiu-lhe manter um lugar cimeiro na classificação do CPR. A Pedro Almeida (Skoda Fabia RS Rally2), único português a subir este ano ao lugar mais alto do pódio –CPR|Vodafone Rally de Portugal –, apenas tem faltado alguma consistência. Agora, decidiu fazer uma pausa para reflexão, daí a ausência na Madeira. Quanto a José Pedro Fontes (Citroën C3 Rally2), chegou o momento (asfalto) de recuperar pontos. Gonçalo Henriques e Hugo Lopes, os dois jovens do Hyundai Júnior Team FPAK, não deixaram de surpreender no seu batismo com o Hyundai i20 N Rally2.
Mais aberto do que nunca, o CPR 2RM (duas rodas motrizes), “feudo” dos pilotos dos Peugeot 208 Rally4, tem Ricardo Sousa, vencedor das últimas três provas, na liderança, com Henrique Moniz (-9 pontos) e Guilherme Meireles (-20) nos lugares seguintes, quando restam ainda mais quatro jornadas.
Rali da Madeira: uma mão-cheia de incógnitas e muita emoção
Entretanto, a sexta prova do CPR, o Rali da Madeira, na estrada no próximo fim de semana (31 julho, 1 e 2 de agosto), promete, entre uma mão-cheia de incógnitas e muita emoção na luta pela vitória, um nível competitivo de excelência. O espanhol Diego Ruiloba (Citroën C3 Rally2) e o italiano Simone Campedelli (Skoda Fabia RS Rally2), duas das principais figuras da edição anterior, voltam a ser as “estrelas” convidadas. E se Ruiloba vem apostado em repetir a vitória, Campedelli aspira a vingar a má sorte que o impediu de discutir o primeiro lugar até ao fim. As duas principais incógnitas recaem em Kris Meeke, que tanto em 2023 como em 2024 nunca se sentiu “confortável” no rali do Club Sports da Madeira, e ainda em Dani Sordo. O espanhol do Team Hyundai Portugal vai estrear-se nas classificativas madeirenses, partindo em desvantagem face à concorrência, aguardando-se com expetativa até onde poderá ir.
Armindo Araújo, José Pedro Fontes e Ricardo Teodósio são candidatos a discutir com Meeke e Sordo os primeiros lugares do CPR, num grupo a que se deverá juntar também o jovem Hugo Lopes (Hyundai i20 N Rally2). Embora não roube pontos aos concorrentes deste último campeonato, a forte “armada” dos pilotos mais rápidos do Campeonato de Ralis Coral da Madeira vai ser, com toda a certeza, protagonista na discussão dos lugares de topo da tabela classificativa. Miguel Nunes (Skoda Fabia RS Rally2), João Silva (Toyota GR Yaris Rally2), Miguel Caires (Skoda Fabia RS Rally2) e Alexandre Camacho (Hyundai i20 N Rally2) são os nomes a fixar.
Hugo Lopes e Magda Oliveira “correm” na Pérola do Atlântico
A dupla do Hyundai Júnior Team FPAK, Hugo Lopes e Magda Oliveira, vai disputar a 66ª edição do Rali da Madeira. Embora a participação nesta prova não estivesse prevista, o jovem piloto está radiante e otimista com a oportunidade. “É ótimo para continuar a evoluir. Este é um rali muito especial, de que gosto imenso. Ajudou-me bastante a crescer enquanto piloto e no qual sempre conquistei bons resultados. Agora, o desafio é bem diferente e mais exigente. O foco está em aprender ao máximo e, se possível, lutar pelas posições cimeiras”, referiu Hugo Lopes.