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Correr para semear a inclusão

O que motiva um grupo de 50 pessoas a sair de casa, de madrugada, num domingo de chuva e frio, para ir correr? Uma causa. Médicos, técnicos de saúde e colaboradores do Hospital da Luz decidiram participar na Meia Maratona de Lisboa 2025 para “correr com um propósito” - o da inclusão - e arrecadaram perto de 4 mil euros para o SEMEAR.

O dia estava pouco convidativo: a tempestade Jana já se fazia sentir desde sexta-feira e o domingo ameaçava ser igual. Milhares de atletas não se deixaram intimidar pelas condições atmosféricas e surgiram munidos de impermeáveis por cima dos seus equipamentos de corrida para participar na EDP Meia Maratona de Lisboa 2025. Entre eles, um grupo de 47 pessoas vestiu - literalmente - a camisola do trabalho… fora dele.

Além do incentivo à prática de desporto e adoção de comportamentos saudáveis, o que levou os colaboradores do Hospital da Luz a correr, nesta prova, foi um propósito ainda maior: por cada quilómetro feito, o Hospital doava cinco euros para o Semear, programa da Associação BIPP - Inclusão para a Deficiência que capacita, forma e inclui socioprofissionalmente pessoas com dificuldade intelectual e de desenvolvimento. Todos os participantes na EDP Meia Maratona de Lisboa 2025 também tiveram a possibilidade de contribuir para esta causa através do Hospital. Nos três dias que antecederam a prova, ao irem levantar os dorsais, encontravam nas instalações da SportExpo, uma passadeira e um contador de quilómetros: cada quilómetro feito era depois convertido em cinco euros para o Semear. No total, foram percorridos 779 quilómetros, o que equivale a 3.895 euros para a ONGD.

Correr para semear a inclusão
Tiago Castela, técnico de imagiologia do Hospital da Luz Lisboa (no centro)
Tiago Castela, técnico de imagiologia do Hospital da Luz Lisboa (no centro)
Tiago Castela, técnico de imagiologia do Hospital da Luz Lisboa (no centro)

Rodrigo Ribeiro, que trabalha na área de Novos Negócios da Luz Saúde, já conhecia o trabalho desta ONGD: “Por acaso, fiz voluntariado há dois anos para o Semear. Íamos trabalhar numa horta, mas estava um temporal e fomos trabalhar para a logística: pôr rótulos nas compotas. Já conhecia o trabalho que eles fazem e é incrível”. Jorge Cerejo é Data Scientist no Hospital da Luz Learning Health, fez a meia-maratona e acredita que este desporto é um bom exemplo de inclusão: “A corrida representa o espírito de camaradagem e união e esta associação também representa estes valores: é importante incluir todas as pessoas e era bom que fosse sempre assim”.

Correr para semear a inclusão
Pedro Patrício, diretor-executivo do Hospital da Luz (à esquerda); Nuno Carvalho, diretor-executivo do SEMEAR (no centro); e Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal (à direita)
Pedro Patrício, diretor-executivo do Hospital da Luz com o ator Ricardo Pereira.
Pedro Patrício, diretor-executivo do Hospital da Luz (à esquerda); Nuno Carvalho, diretor-executivo do SEMEAR (no centro); e Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal (à direita)
Pedro Patrício, diretor-executivo do Hospital da Luz com o ator Ricardo Pereira.
Pedro Patrício, diretor-executivo do Hospital da Luz (à esquerda); Nuno Carvalho, diretor-executivo do SEMEAR (no centro); e Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal (à direita)
Pedro Patrício, diretor-executivo do Hospital da Luz com o ator Ricardo Pereira.

Pedro Patrício, diretor-executivo do Hospital da Luz, também assegura que “este match fez todo o sentido”: “O SEMEAR tem feito um excelente trabalho em pessoas com dificuldade intelectual e nós também temos uma responsabilidade social na saúde mental. Temos equipas de psicologia e psiquiatria grandes, do norte a sul do país, e com internamento psiquiátrico inclusive no Hospital do Mar. Por isso, apoiámos o SEMEAR e vamos continuar a apoiar”.

Correr para semear a inclusão

Atualmente, o SEMEAR tem cerca de 80 pessoas em programas de formação - entre os quais, auxiliar do setor agro-alimentar, cerâmica, hotelaria e restauração, olaria e operador de armazém - e 50 colaboradores, dos quais “16 têm dificuldade intelectual”. Segundo Nuno Carvalho, diretor-executivo do SEMEAR, na organização sentem-se “responsáveis por gerar a própria receita”, por isso, têm “negócios sociais” como a mercearia em que fazem “produtos alimentares, evitando o desperdício”; a “Terra, uma horta em produção biológica em Oeiras”, onde produzem “hortícolas para colocar em restaurantes e para utilizar na produção dos produtos gourmet da mercearia” ou a “unidade de cerâmica, que tem o trabalho dos formandos do SEMEAR”. Além disso, têm “uma relação com empresas que têm sido muito generosas como é o caso de hoje”: “Estamos muito gratos não só pelo valor em si, mas também por esta participação, numa responsabilidade que todos devemos sentir, que é a inclusão de todas as pessoas, independentemente da diferença que tenham”.

Correr para semear a inclusão
Rodrigo Ribeiro, Novos Negócios Luz Saúde
Jorge Cerejo, Data Scientist Learning Health Luz Saúde
Rodrigo Ribeiro, Novos Negócios Luz Saúde
Jorge Cerejo, Data Scientist Learning Health Luz Saúde
Rodrigo Ribeiro, Novos Negócios Luz Saúde
Jorge Cerejo, Data Scientist Learning Health Luz Saúde

Maria Sá Pires, estagiária de ensaios clínicos no Hospital da Luz Learning Health, sente-se satisfeita por ter “contribuído com algo” que também a beneficiou: “Para ajudá-los também me ajudei - consegui fazer os 10 km. Um bocadinho nosso é muito para outras pessoas”, afirma. Jorge Cerejo, Data Scientist no Hospital da Luz Learning Health, participou mesmo com “uma pequena lesão” pelo “compromisso com vestir uma camisola e ajudar uma causa”: “Felizmente fez sol, mas se estivesse a chover, cá estaríamos na mesma. Não fiz o meu melhor tempo porque estou com uma pequena lesão. Se calhar também vou ter de usar os serviços do Hospital na próxima semana”, acrescenta, entre risos.

Correr para semear a inclusão
Pedro Patrício, diretor-executivo do Hospital da Luz; e Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal
Ana Filipa Inácio, coordenadora de ensaios clínicos no Hospital da Luz Learning Health (à esquerda); Maria Sá Pires, estagiária ensaios clínicos no Hospital da Luz Learning Health (no centro); e Jorge Cerejo, Data Scientist no Hospital da Luz Learning Health (à esquerda)
Pedro Patrício, diretor-executivo do Hospital da Luz; e Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal
Ana Filipa Inácio, coordenadora de ensaios clínicos no Hospital da Luz Learning Health (à esquerda); Maria Sá Pires, estagiária ensaios clínicos no Hospital da Luz Learning Health (no centro); e Jorge Cerejo, Data Scientist no Hospital da Luz Learning Health (à esquerda)
Pedro Patrício, diretor-executivo do Hospital da Luz; e Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal
Ana Filipa Inácio, coordenadora de ensaios clínicos no Hospital da Luz Learning Health (à esquerda); Maria Sá Pires, estagiária ensaios clínicos no Hospital da Luz Learning Health (no centro); e Jorge Cerejo, Data Scientist no Hospital da Luz Learning Health (à esquerda)

Além de correrem por uma causa, esta iniciativa foi o mote para muitos colaboradores adotarem um estilo de vida mais saudável, com a prática de exercício físico regular. “Foi muito gratificante [vestir a camisola do Hospital da Luz] porque vim com a minha equipa de vários atletas, colaboradores do Hospital, que, em alguns casos, influenciei a correrem, pela primeira vez, a prova dos 10 km. Em outros casos, alguns colegas que já faziam corridas, fizeram hoje pela primeira vez a meia-maratona. Isso deixa-me orgulhoso, não só por serem meus colegas de trabalho, mas por se terem motivado a vir hoje, nesta manhã pouco convidativa, para praticar desporto, porem-se à prova e superarem-se”, conta Tiago Castela, técnico de imagiologia do Hospital da Luz Lisboa, que conquistou o 1.º lugar na equipa da Luz (homens). Com cerca de 15 anos de experiência em corridas, decidiu desafiar os colegas a fazer o mesmo: “Começámos com umas corridas de vez em quando. Eu próprio fiz um plano de treino adequado a cada um deles”, partilha. Foi o caso, por exemplo, de Ana Filipa Inácio, coordenadora de ensaios clínicos no Hospital da Luz Learning Health: “Desta vez, levei mais a sério e fui treinar. E a prova correu melhor do que esperava. Vim com uma colega e, no final, quando vimos o tempo que tínhamos feito, ficamos admiradas pela positiva”. A colega, Maria Sá Pires, estagiária de ensaios clínicos no Hospital da Luz Learning Health, começou “a correr em conjunto com o pessoal do Hospital da Luz”, que a “motivou” e confessa que “achava que não ia conseguir fazer os 10 quilómetros” porque “nunca tinha conseguido sem ter de parar imenso e andar”. Por isso, assegura, “a expectativa foi super superada”. Além disso, para Maria Sá Pires, foi “espectacular vestir a camisola”: “As pessoas reconheciam-nos! Algumas diziam: “Estamos a correr ao pé das meninas do Hospital da Luz, por isso, se precisarmos de alguma coisa, elas estão aqui”, conta, entusiasmada.

Pedro Patrício, diretor-executivo do Hospital da Luz, admite que foram os colaboradores que “desafiaram” o Hospital a ir mais longe: "Nós queríamos participar, temos uma equipa que corre - cerca de 22, 23 atletas - e tínhamos o objetivo de pôr algumas pessoas que nunca correram a correr. Hoje tivemos cerca de doze pessoas que nunca tinham corrido na vida a fazer os 10 quilómetros, e os doze chegaram ao fim. Para nós, é um motivo de orgulho. Até digo isto um bocadinho emocionado, porque ter profissionais que querem ter uma vida saudável, e ainda por cima fazem-no participando em organizações que nós estamos a patrocinar, é muito positivo”.

O Hospital da Luz disponibilizou os serviços médicos oficiais da EDP Meia Maratona de Lisboa, pelo quarto ano consecutivo, com uma equipa de 185 profissionais de saúde, 28 ambulâncias, 24 motas, 14 bicicletas, 5 postos médicos e 76 desfibrilhadores.