Manos Deus agarram no volante

Miguel e Nuno viveram 2025 especial e deram rosto ao cartaz do CUPRA Open Padel on Tour

A dupla formada pelos irmãos Deus continua a dar cartas cá dentro, mas  também lá fora
A dupla formada pelos irmãos Deus continua a dar cartas cá dentro, mas também lá fora

Todos os que participaram ou acompanharam o CUPRA Open Padel on Tour certamente viram os cartazes da prova. Lá estavam sempre duas estrelas do padel nacional, que carregam a bandeira portuguesa pelos maiores palcos – e da melhor forma, sublinhe-se! Falamos, claro está, dos irmãos Miguel e Nuno Deus. Ou não fossem eles uma dupla que tão bem exemplifica o crescimento do padel em Portugal. Começaram no ténis, desenvolveram esta paixão, fizeram ‘all in’ e agora já figuram no top 50 do ranking mundial.

Atualmente no 45.º posto, os dois têm o 36.º lugar como recorde, sendo que se destacaram esta época, como nos ‘oitavos’ no Major do Qatar, no P1 de Málaga ou também no de Riade, este último com Cristiano Ronaldo – o maior embaixador do desporto nacional – a assistir na plateia. Certo é que cada vez mais são, a par de Sofia Araújo, as figuras a seguir numa modalidade cujo crescimento é um verdadeiro fenómeno e objeto de estudo.

“Ano após ano, em Portugal, o padel está a crescer e isso faz com que os jovens possam olhar para os jogadores profissionais como referências. Um bocadinho como nós quando começámos que tínhamos o exemplo do Vasco Pascoal, Miguel Oliveira, Diogo Rocha.... Eram exemplos para nós de jogadores profissionais, que tentavam evoluir no campo internacional. Também já tínhamos a Ana Catarina Nogueira e a Sofia Araújo a começar. Foram exemplo de que era possível ir mais além. Acredito que hoje somos nós os exemplos para os mais jovens. Cada vez há mais estrutura, mais referências e mais história em Portugal. Os jovens estão com mais bases para seres bons. Claro que daqui a cinco anos vão ter mais e daqui a dez ainda mais... É com o tempo que se conquista”, sublinha Nuno Deus, de 30 anos.

Seta apontada para cima

Miguel, de 32, garante que agora é para continuar sempre a subir. Ocaminho, atendendo a todo o panorama, só pode mesmo ser esse. “Foi uma temporada em que crescemos bastante. Eu comecei a top 80 e o Nuno a top 90. Tínhamos o objetivo de chegar ao top 50 e conseguimos atingir. Foi uma temporada marcante, que nos ensinou bastantes coisas. Agora temos a base construída para, em 2026, querer mais, ambicionar mais e, sem dúvida, vamos fazer tudo para conseguir o ranking que atualmente temos”, acrescenta.

O foco, esse, vai muito além do ranking. Há todo um trabalho de análise a fazer, em prol do incremento. “Temos de nos focar mais no treino e em melhorar o que precisamos de melhorar. Por exemplo, voltar a ver os nossos jogos de 2025 e perceber o que temos de melhorar. O ranking é uma coisa que virá por consequência”, remata. 

Crónica de uma batalha histórica

Os irmãos Deus já tiveram vários encontros especiais ao longo da sua aventura pelos courts, mas não hesitam ao destacar o mais inesquecível que viveram até ao momento presente. Na altura, só perderam com Martin Di Nenno e Franco Stupaczuk, uma das melhores duplas do Mundo, por 6-1, 6-7 e 6-4. “Foi a primeira vez que jogámos contra uma dupla top e conseguimo-nos desafiar. Também estávamos a jogar por Portugal e isso extrapola todas as sensações e sentimentos. Foi mesmo muito especial”, lembra Miguel. Com orgulho...

Por Pedro Gonçalo Pinto
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