A arte de fazer a bola de golfe desaparecer no céu não é fácil de dominar, mas o desafio deixa o bichinho
Com os Jogos Olímpicos do Record Challenge Park cada vez mais perto, os 'Pedros Pintos' do Record não querem deixar nenhuma modalidade por experimentar antes de 28 de maio. Foi por isso que segui caminho para o Centro Nacional de Formação de Golfe, com a esperança de não fazer má figura quando fosse altura de tentar fazer a bola desaparecer no céu.
Desde logo, recebi uma boa notícia por parte do Gonçalo Costa, um jogador que trilhou o seu caminho e que tirou um tempo para me dar uma pequena aula. "Quem já jogou ténis vem com vantagem por causa do tipo de movimentos", disse, pelo que fiquei logo confiante de que as condições estavam reunidas para tentar mostrar algum jeito tendo em conta o meu passado com a raquete na mão.
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"Temos quatro fundamentos no golfe. O grip, a postura, o alinhamento e o movimento do taco", explicou o Gonçalo, perante o olhar atento de Miguel Franco de Sousa, presidente da Federação Portuguesa de Golfe. "Começando pelo grip, para os destros, é meter a mão esquerda em cima e a direita vai colocar o mindinho sobre o indicador da mão direita. Passamos para o alinhamento e metemos o taco à frente e o que temos de fazer é fletir ligeiramente as pernas e colocar o taco em baixo. Isso garante que tudo fica alinhado. O movimento é muito semelhante ao do ténis. O objetivo é a rotação dos ombros para trás e depois rodar tudo para a frente. E é acabar com a chamada fotografia. Roda tudo, o pé direito levanta e acaba para a fotografia", resumiu.
Não parece fácil... E não é fácil. Mas chegada a altura de testar o swing, eis que conquistei o direito de ficar orgulhoso. "Epá! Isto foi das melhores primeiras tacadas que já vi!", afirmou Miguel Franco de Sousa, secundado pela admiração do ‘professor’ Gonçalo. "Estamos a ver a bola a levantar e isso já é muito positivo. A maior parte nem sequer acerta à primeira. Para 90 por cento das pessoas, a primeira coisa que acontece é a bola ir para a direita porque não estão habituadas à passagem das mãos. Tendo começado pelo ténis, o golfe é mais natural", destacou.
Atacar a atmosfera
A primeira imagem foi boa e a última também – embora em momento algum tenha conseguido fazer a bola sair disparada como quase todos à minha volta –, enquanto pelo meio houve algumas tacadas na atmosfera. Certo é que o bichinho ficou lá, até pela demonstração de que, ao contrário do que pode ser a perceção geral, é possível praticar golfe sem ficar com a carteira vazia. "Espero vê-lo por aqui nos próximos tempos. Foi uma estreia muito promissora e temos de ver no que isso pode dar", incentivou Miguel Franco de Sousa. E eu escolho acreditar que não se tratou simplesmente de simpatia...
Crescimento dá motivaçãoMiguel Franco de Sousa fez um balanço muito positivo do ar que se respira no golfe em Portugal. "Estamos a ter uma tendência de crescimento muito grande. Temos 15.400 federados, ou seja, já estamos perto do valor mais alto que alguma vez tivemos e vamos apenas em maio. Temos a expectativa de chegar a 17.500 ou 18 mil, algo que é bastante animador. O golfe é uma modalidade bastante procurada, é ao ar livre, pode ser praticada por todas as gerações. E aqui no Jamor temos um espaço que acolhe toda a gente a um preço muito baixo. O equipamento é barato, o treino é barato e o acesso ao campo também. É uma modalidade que acreditamos ter um futuro brilhante no nosso país", destacou, incentivando a aposta no programa ‘Nove Semanas e Meia’, através do portal Jogar Golfe, da FPG.
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