Foi campeã do Mundo e da Europa em pista coberta numa carreira de conquistas, mas houve uma medalha que escapou a Naide: "Os Jogos Olímpicos de 2008..."
O Record Challenge Park está mesmo aí. Já só falta mais uma noite de sono para amanhã se apresentar na melhor forma possível. Preparou-se para este dia? Acreditamos que sim, porque, como tem visto, nós também. Mas hoje chega ao fim o nosso estágio e fechamos em grande! Fomos até Odivelas para saltar o mais longe possível. Para isso haverá melhor treinadora que Naide Gomes? A campeoníssima portuguesa recebeu-nos com um sorriso na cara e com... muita paciência. Também é preciso quando se está a ensinar.
No salto em comprimento – atividade de competição que amanhã, no Parque de Jogos 1º de Maio, dará prémio aos 3 melhores saltos –, a teoria é bastante simples, o complicado é colocá-la em prática.
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"É correr rápido e saltar o mais longe possível. Só isto", começou por explicar Naide Gomes, antes de ser mais específica: "Apesar de a distância para a tábua não ser muita, quero que atinjas o teu máximo de velocidade, mas não te quero inclinado, nem para a frente, nem para trás. Direitinho e com as pernas a dar. Chegas lá, metes o pé na tábua e empurras para a frente com a outra perna."
Depois de dois saltos meio embaraçosos, foi preciso definir qual a perna com que salto. "Praticaste algum desporto? Futebol? Então é fácil. Se rematavas com o pé direito, o esquerdo era o pé de apoio. Aqui é igual. Fazes a chamada com o esquerdo e chutas, literalmente, com o direito", atirou. Com isto na cabeça, o movimento foi-se tornando bastante mais fluido, a técnica foi melhorando e, por isso, as marcas eram cada vez melhores.
Posto isto, a treinadora Naide decidiu dar mais espaço de corrida para ver até onde conseguia ir, até porque, antes de começarmos, eu tinha colocado a fasquia bastante baixa: "Fico contente se chegar aos 3 metros."
"A corrida é longa, mas eu não atingia a minha velocidade máxima. Sabia era que, quando chegava aos 13 metros, tinha de dar tudo o que tinha. Aqui vai ser igual. Vai com tudo", disse. E fui.
Motivado e com toda a teoria bem fresca na memória – corpo direito, joelhos para cima, chamada com o pé esquerdo, ‘chutar’ o ar e tentar prolongar no ar o maior tempo possível –, lá fui e consegui arrancar um "espetacular" de Naide Gomes, o que, só por si, já é uma conquista. "Não está nada mau! Foste mais rápido, soltinho e o salto saiu bastante bem! Deixa cá ver, foram 4 metros e... 40 e pouco. Muito bem!"
Fiquei bastante longe dos 7,12 metros que Naide Gomes fez em 2008, que ainda hoje é a melhor marca nacional, mas, mesmo assim, saí bastante satisfeito com a minha performance. Vão conseguir bater os meus 4,40 metros? Espero que sim, é esse o desafio que vos deixo para a competição de salto em comprimento de amanhã.
Só um sonho por concretizar
Foi campeã do Mundo e da Europa em pista coberta numa carreira de conquistas, mas houve uma medalha que escapou a Naide: "Os Jogos Olímpicos de 2008..." Nesse ano, foi campeã do Mundo indoor e fez os 7,12 metros, melhor marca do ano que lhe dava favoritismo para o ouro em Pequim. Não correu bem. Após dois nulos, só fez 6,29 m e não foi à final. Nada que lhe abalasse a carreira. É uma das maiores atletas do desporto português. "Ganhei quase tudo. Fiz uma fantástica carreira, faltou-me concretizar um sonho, mas a vida e o desporto são assim", concluiu.
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