Voleibol: uma novidade desafiante

Aqui está uma boa surpresa: a rede vai subir, por isso prepare os seus melhores remates e blocos

• Foto: Pedro Ferreira

Queremos sempre evoluir e oferecer a melhor experiência possível a todos e, por isso, na edição deste ano do Record Challenge Park trazemos-lhe várias novidades, sendo que uma das principais é o voleibol, uma de duas atividades em estreia neste mega-evento. Toda a gente ‘sabe’ jogar e já experimentou, nem que tivesse sido na praia, por isso o divertimento está garantido, tal como explica Percy Oncken, treinador brasileiro que lidera equipa sénior feminina da Universidade Lusófona.

"O voleibol é muito difícil de se jogar a alto nível porque é um desporto bastante técnico, mas para se divertir não precisa de ser muito bom jogador, porque basicamente só tem de manter a bola no ar", começou por dizer o treinador de 62 anos, antes de passar à parte teórica deste nosso treino.

"Este jogo é composto por seis fundamentos. O primeiro é o serviço, que dá início à jogada; segue-se a receção, que tem várias formas de se fazer; temos também o passe, geralmente feito com toque de dedos; depois, para atacar, temos o remate, que é o mais difícil mas também o mais agradável; o bloco é a primeira tentativa de defesa e, por fim, temos a defesa propriamente dita. Se a equipa conseguir defender, esse ciclo começa todo de novo, mas sem o serviço, lá está."

Mas o que é a teoria sem a prática? Percy chamou Maria Tavares para me ajudar, capitã de equipa que teve a paciência suficiente para me explicar tudo direitinho, mesmo quando os meus gestos técnicos estavam bem longe da perfeição.

"Então como é que se começa? Com o serviço. Então temos o serviço por baixo, por cima em suspensão. Aqui é importante termos sempre à frente o pé contrário da mão mais forte", continuou Percy, antes de passar a explicar a receção: "Podemos receber o serviço com o toque de dedos ou em manchete. Temos de ter as pernas bem afastadas e estar preparados para ver para onde a bola vai. O importante é receber sempre alto, para a ajuda ter mais tempo de chegar."

Por fim treinámos o remate – "começar com a perna esquerda, depois direita e esquerda e impulsionar o salto com os braços" – e, para surpresa minha, passámos à segunda parte do treino. O treinador colocou-me dentro de vários exercícios de campo com a restante equipa e, como já seria de esperar, brilhei... pela negativa. A diferença de qualidade era brutal, mas isso não afetou a minha vontade de mostrar serviço. Se fosse um treino de captação, não acredito que tivesse um lugar na equipa, mas voltemos ao início da explicação de Percy Oncken: o voleibol é complicado de se jogar a um nível alto, mas não é preciso ser muito bom jogador para haver diversão e a verdade é que eu me estava a divertir bastante naquele treino. De certeza que também se vão divertir no dia 3 de junho.

Percy Oncken foi professor de luxo

Neste treino na Universidade Lusófona de Lisboa tivemos o luxo de sermos liderados por um treinador com inúmeros títulos internacionais. Percy Oncken é brasileiro, tem 62 anos e está ligado ao voleibol desde os 15. Desde muito cedo mostrou o desejo de vir a ser treinador e hoje traz na bagagem muita experiência e conhecimento que não hesita em distribuir pelas suas equipas e não só. No total, são 18 medalhas de ouro ao serviço de seleções jovens do Brasil, com a primeira a ser conquistada, curiosamente, no Porto, em 1991, no Campeonato do Mundo Infanto-Juvenil, aí ainda como auxiliar técnico da canarinha. A essas medalhas de ouro acrescenta mais 4 de prata. Do Brasil, Percy viajou para o Qatar, onde fez parte do Comité Olímpico. Agora está em Lisboa e convida toda a gente a aparecer no Record Challenge Park, a 3 de junho.

Por Pedro Filipe Pinto
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