Empresário luso detido na Galiza

Alípio Martins, empresário português accionista da SAD do Compostela, II Liga espanhola, está detido preventivamente na prisão "A Lama", em Porriño, Pontevedra, acusado de desvio de fundos, burla, evasão fiscal, falsificação de documentos e outras acções ilegais.

O português é apontado como cabecilha de 36 empresas fictícias que, nos últimos dez anos, operaram em Portugal e Espanha. Durante a "operação polvo" foram também detidos Maria Emília Moreira, sua esposa, José Luís Martins, seu irmão, Tomás Rainiero, economista, e José Miguel Huélamo.

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Segundo a Guarda Civil espanhola, 21 das empresas de Martins foram criadas em Espanha e 15 em Portugal. A trama começou em 1993 com a criação da "Seafood", sediada em Vigo, com administração de Alípio Martins e do sogro Simão de Oliveira.

O empresário tornou-se conhecido no mundo do futebol em Novembro último, quando se ofereceu para pagar uma dívida (180 mil euros) do Compostela a um jogador, tornando-se assim accionista do clube. José Maria Caneda, presidente da SAD, apresentou-o então como salvador da instituição e nomeou-o vice-presidente. Quando começaram a surgir dúvidas em relação a Martins, Caneda retirou-lhe o cargo e afastou-o do clube.

Em Dezembro, o português tentou também a presidência do Lugo, da II Divisão B, propondo a esposa, Maria Emília, para "vice", mas não foi aceite.

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Boavista era objectivo final

Segundo o "Correo Gallego" um dos sonhos do português Alípio Martins era o Boavista, tendo chegado a afirmar publicamente que acabaria por ocupar a presidência dos axadrezados. O empresário luso terá mesmo explicado que a sua aproximação ao clube do Bessa fora feita através de um dos seus advogados que no Porto trabalharia com João Loureiro. Afinal, pelos menos nos tempos mais próximos, a única coisa que Alípio verá aos quadrados será o Sol...

Apanhado

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A aproximação ao futebol acabou por tramar Alípio Martins. O empresário vivia em Espanha há cerca de dez anos, pois era procurado pela justiça em Portugal devido a "faltas reiteradas a julgamento no Tribunal de Aveiro". Pendentes estavam também processos contra os irmãos Martins em vários tribunais lusos. Alípio vivia na localidade de Bugarín, Pontevedra, em mansão rodeada de vários hectares de terreno. Um luxo...

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