«Maradona tinha uma voz estranha, robótica, muito aguda e intermitente»

• Foto: Reuters

Diego Armando Maradona faleceu há quase um ano, mas os contornos que envolvem a sua morte ainda fazem correr muita tinta. Agora foi Matias Morla, antigo advogado do argentino, a deixar novos detalhes no último depoimento judicial, que decorreu esta segunda-feira. Morla considerou uma "idiotice" a decisão da família de levar Maradona para casa, ao invés de se tratar no hospital, após a operação, e deixou acusações aos médicos.

"Foi uma idiotice terem-no tirado da Clínica de Olivos [onde fez uma neurocirurgia]. Não concordei com a decisão. Foi uma idiotice [escolher] aquela casa vazia. Com o dinheiro que pagaram por ela pagavam a três médicos e ele estaria vivo. Os motivos relacionaram-se com o seu estado de saúde. Diego, naquela casa, não teria ficado dez segundos. Não pela casa em si, mas pela qualidade de vida que tinha", apontou após deixar a Procuradoria de San Isidro, em declarações citadas pelo diário 'Olé'.

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O antigo advogado de Maradona recordou ainda a última vez que o visitou, a 16 de novembro, ou seja, nove dias antes da sua morte. "Quando entrei em casa ele tinha uma voz estranha, robótica, muito aguda e intermitente", realçou, acrescentando: "Sem dúvida de que o comportamento que [os médicos] adotaram foi errado, porque Diego está morto. Descobri que [Leopoldo] Luque não foi informado, as enfermeiras não comunicaram com ele e que não podia ver Maradona."

Refira-se ainda que, depois das conclusões reunidas por uma junta médica, sete profissionais de saúde, entre os quais Leopoldo Luque (médico de Maradona) e a psiquiatra Agustina Cosachov, foram acusados de "simples homicídio doloso intencional", figura criminal que prevê pena de 8 a 25 anos de prisão, segundo a mesma fonte. Após investigação do Ministério Público foi ainda concluído que a equipa médica de Maradona era "deficiente", "imprudente" e "indiferente" e, mesmo sabendo que o antigo jogador argentino podia morrer, nada fez para o evitar.

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Por Record
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