No dia em que se assinala o Dia Internacional pela Tolerância, a FIFA reiterou o seu compromisso em eliminar comportamentos discriminatórios do futebol e fomentar o respeito e a inclusão. A luta contra o discurso de ódio é cada vez mais uma necessidade atual, numa altura em que se vão registando novos casos todos os dias, em especial nas redes sociais. Por isso, Gianni Infantino anunciou que pretende impedir que pessoas com este tipo de conduta fiquem impedidas de ir aos estádios, com os seus nomes a serem incluídos em "listas negras".
"Neste dia, quero deixar muito claro que o futebol deve ser um espaço seguro e inclusivo: no campo, nas bancadas e nas redes sociais. Através do seu serviço de proteção nas redes sociais e com o uso da tecnologia mais avançada, a FIFA está a tomar medidas firmes no sentido de proteger jogadores, treinadores, equipas e árbitros dos graves danos que cria o ciberbullying. Estamos a tomar as medidas possíveis, denunciando todos estes incidentes e incluindo pessoas em listas negras, com o fim de impedir que comprem bilhetes", declarou o presidente do organismo máximo que rege o futebol mundial.
Infantino foi perentório quanto a estes comportamentos: "A nossa mensagem é clara: o assédio não tem lugar no nosso desporto e vamos continuar a colaborar com as federações, confederações e autoriadades nacionais e internacionas para impor responsabilidades aos infratores".
Desde 2022, a FIFA lançou um serviço de proteção das redes sociais que já foi responsável pela denúncia de mais de 65 mil publicações ofensivas. Entre elas, mais de 30 mil foram registadas só este ano, depois do organismo ter melhorado o mecanismo.
Em 2025, 11 pessoas já foram denunciadas às autoridades internacionais por ofensas e comportamento discriminatório. As queixas foram remetidas para as forças de segurança da Argentina, Brasil, Espanha, EUA, França, Polónia e Reino Unido e um dos casos foi mesmo parar à Interpol.
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