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O mundo acordou esta terça-feira com a notícia da tragédia envolvendo a equipa de futebol brasileira da Chapecoense. O avião que transportava o plantel - que ia disputar o jogo mais importante da sua história, a final da Taça Sul-Americana diante do Atletico Nacional - despenhou-se numa zona do município colombiano de Antioquia, com 77 pessoas a bordo.
Morreram 71 (19 eram jogadores, num total de 22 futebolistas a bordo, e ainda o treinador Caio Júnior, que jogou em Portugal) e sobreviveram apenas seis (entre elas três jogadores). As caixas negras já foram encontradas mas, até haver uma resposta cabal, continua a dúvida: afinal, o que motivou a queda do aparelho?
Depois de inicialmente se ter falado numa falha no sistema elétrico, a hipótese mais recente a ser veiculada é a de falta de combustível. Com efeito, o presidente da Associação de Aviadores Civis da Colômbia, Jaime Alberto Sierra, referiu que houve dois aviões - aquele que levava a Chapecoense, um modelo Avro Regional Jet 85 da companhia Lamia, e um Airbus 320 - que declararam emergência e que voavam perto um do outro, perto do local da queda, que ficava a cerca de 30 quilómetros do aeroporto internacional de Medellín.
No entanto, foi dada prioridade ao Airbus, um avião com uma autonomia bem maior relativo ao RJ 85, mais indicado para voos de curto e médio alcance, uma decisão que Sierra explicou desta forma.
"O que se sabe é que o piloto do avião da Chapecoense pediu prioridade à torre de controlo para aterrar, mas havia um outro aparelho da 'Viva Colombia' com pouco combustível e em emergência, portanto tinha prioridade em relação ao avião que desapareceu. Infelizmente, se não se sabe qual é a emergência, não há a tal prioridade. Por isso entramos no campo da especulação e acreditamos que tenha sido um problema de falta de combustível", referiu o líder da Associação de Aviadores Civis da Colômbia à 'Caracol TV'.
A seguir, foi o que se sabe: o avião da Lamia deu duas voltas no ar e acabou posteriormente por despenhar-se numa zona montanhosa sem que tenha existido uma explosão, o que poderá indiciar a tal falta de combustível. Curiosamente, o que estava inicialmente programado é que a viagem do Brasil até à Colômbia fosse feita num... Airbus 320, o que acabou por não ser autorizado, obrigando a que fosse feita uma escala na Bolívia, no aeroporto Santa Cruz de la Sierra, onde a comitiva da Chapecoense apanhou o tal RJ 85 da Lamia.