Faltam apenas 4 jogos para terminar a fase regular da Liga da Coreia e a equipa que oriento, o Jeonbuk, continua no 1º lugar. Cada vez mais adaptado à realidade do país e do futebol coreano, fui novamente agraciado com o troféu de Treinador do Mês, distinção que partilho com a minha equipa técnica e que tanto tem trabalhado para que possamos conquistar o título de campeão.
Ainda assim, o modelo da liga coreana não nos permite festejar nada, porque a parte final da época será a mais difícil e, naturalmente, decisiva. A divisão maior do futebol coreano, um dos mais prestigiados e desenvolvidos da Ásia, é constituído por 12 equipas que jogam entre si a 3 voltas (pelo menos um jogo em casa e outro fora, ditando o sorteio onde é o terceiro jogo) e, no final dos 33 jogos da fase regular, os primeiros 6 classificados disputam o título de campeão e o acesso às provas internacionais, enquanto os últimos 6 classificados lutam pela manutenção. A pontuação da fase regular não sofre alteração para essa fase seguinte e, por questões de justiça na competição, os últimos 5 jogos serão disputados no campo da equipa que apenas jogou uma vez em casa (e, logo, duas fora) durante a fase regular.
Com a certeza de que iremos estar ter de lutar muito para manter o nosso 1º lugar, nesta altura importa tentar alargar a vantagem para os nossos rivais e reforçar a confiança necessária para podermos festejar no final de Novembro.
Campeonato português
É com agrado e muito interesse que tenho visto a Liga Portuguesa aumentar os níveis de competitividade, com vários clubes a jogarem bom futebol, positivo e de posse, contribuindo para o espectáculo e para a diminuição do gap para os três grandes. O caso do Famalicão é pragmático, mas também o V. Guimarães e o Rio Ave têm sabido traduzir em qualidade de jogo e em resultados os bons plantéis que constituíram e as equipas técnicas que escolheram. A este ritmo, prevejo que no final do campeonato estejam completamente em aberto as '3 corridas': a de campeão, a dos lugares europeus e a da manutenção. Concentrando-se as atenções no que realmente interessa, no jogo, estão reunidas as condições para ser uma das melhores e mais equilibradas ligas de sempre. Assim seja!
Duas palavras
Despeço-me com a referência a duas pessoas. A primeira, o Vitor Pereira, que foi injustamente eliminado da Liga dos Campeões Asiática pelos japoneses do Urawa, a quem curiosamente ganhamos os dois jogos na fase regular. O Shangai do Vitor, que nos eliminou nos penáltis desta Liga dos Campeões, é uma equipa que joga à imagem do seu treinador e uma das mais fortes da Ásia. Fiquei triste por ele, não só porque é um treinador de topo, mas porque é daqueles que continua a levar o bom nome do nosso país e do nosso futebol por esse mundo fora, contribuindo para o prestígio de Portugal na Ásia. Espero voltar a vê-lo em breve.
Por último, faço uma referência ao Eto’o, jogador que treinei na Turquia e que anunciou recentemente o fim da sua carreira. O Eto’o marcou-me como treinador pela sua personalidade e carácter fortes, um verdadeiro líder dentro do balneário e fora dele. Vamos certamente vê-lo envolvido em lutas, porque é um homem de causas. Espero sinceramente que seja na defesa do futebol Africano, que precisa de bons exemplos que saibam liderar o desenvolvimento do jogo em si e aproveitar a enorme influência positiva que o futebol pode levar a uma parte da população mundial que ainda hoje passa grande parte dos seus dias em sofrimento. Ninguém saberá tão bem como o Eto’o de que forma o futebol poderá ajudar a melhorar a educação e a saúde, a combater a fome e a levar alegria ao povo Africano. Boa sorte, Samuel!
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