Três dos seis treinadores portugueses presentes na fase de grupos da Liga dos Campeões estão enquadrados no Grupo C, provavelmente aquele que patenteia as equipas de valor mais equilibrado, o que abre a perspetiva de qualquer desfecho.

Se é certo que o sorteio podia ser mais dulcífico para o Benfica, a capacidade que os encarnados terão na reta final do mercado, ao certificar a continuidade de Enzo Pérez e Nico Gaitán, como também a asseverar 3 ou 4 aquisições que tornem o plantel mais abastado, de molde a preencher as ausências prolongadas de Ruben Amorim e Fejsa, e a resolver o défice de qualidade na finalização, já que as opções atuais, com exceção de Lima, estão longe de preencher os requisitos do 5.º lugar no ranking de clubes presentes na Champions.

Uma entrada demolidora no campeonato, ao somar por vitórias os 5 jogos efetuados, mostra que o Zenit, orientado por André Villas-Boas, será um forte candidato à passagem aos “oitavos”. A chegada à fase de grupos, após eliminar AEL e Standard Liège, revelam uma equipa em crescendo, suportada por um tridente móvel – Shatov, Danny, Hulk – nas costas de Rondón. Aliás, o ex-portista atravessa um excelente momento de forma. Garay, patrão do sector defensivo, Javi García, reforço mais caro, e Witsel reencontrar-se-ão com o clube que os notabilizou.

Futebol cativante e ofensivo é a proposta que Roger Schmidt, novo treinador do Leverkusen, apresenta. O ex-timoneiro do Salzburgo, que poderá aproveitar a eliminação dos austríacos para pescar algumas das suas pérolas (Kampl, Mané ou Alan), arrancou a época a todo o gás, goleando o Waldaghesheim (6-0) na Taça e derrotando fora o Dortmund (2-0) na Bundesliga. O criativo Calhanoglu, ex-Hamburgo, e os extremos Bellarabi e Son são o apoio de Kiessling, um profissional do golo.

Menos cintilante está a ser o arranque do Monaco. Leonardo Jardim, com um triunfo em Nantes, aliviou a pressão colocada por duas derrotas, mas a saída de James Rodríguez e a iminente partida de Falcão colocam inúmeras dúvidas sobre até onde poderá chegar uma formação com muitos nomes, mas longe de formar uma equipa coesa. Bernardo Silva, pérola da formação encarnada emprestada aos monegascos, poderá, finalmente, estrear-se na Luz.