Ligas Europeias sublinham: «Nova Champions não pode prejudicar os campeonatos»

Organismo sugere algumas mudanças a partir de 2024/25 e repudia Superliga

Como tem sido noticiado, a UEFA prepara algumas mudanças no formato da Champions a partir de 2024/25 e conta com o apoio de quase todos os clubes. Ainda assim, as Ligas Europeias, organismo que representa mais de 900 clubes e 32 ligas profissionais entre 25 países no Velho Continente, voltou a abordar a possível nova Champions, destacando que a nova competição "não pode prejudicar os campeonatos nacionais".

Numa conferência promovida pelas Ligas Europeias, o presidente da associação, Lars-Christer Olsson, mostrou-se prudente em relação ao novo modelo da prova milionária, mas garantiu que o assunto tem sido debatido com a UEFA. "Existe o risco que as competições internacionais, e neste caso a nova Champions, ‘engulam’ as provas nacionais. Há que planear bem como vai ser a distribuição de dinheiro pelo novo formato e como serão dadas as vagas em falta. As medidas terão um impacto negativo nas provas internas e isso tem de ser compensado", sublinhou o dirigente sueco.

Recorde-se que a nova Champions passaria a ser uma só liga com 36 equipas a jogarem entre si num 'modelo suíço'. As maiores ligas teriam um limite de cinco ou seis clubes e as quatro vagas restantes seriam dadas pelo coeficiente histórico nas competições da UEFA. Em teoria, países como França ou Portugal podem ficar com as vagas que sobram, mas Olsson reitera que o critério deveria ser outro: "Somos totalmente contra a qualificação com base no histórico do coeficiente! As vagas devem ser dadas a novos campeões de ligas que não coloquem uma equipa direta na Champions."

Calendarização revista

A nível financeiro, os benefícios podem vir a ser bastantes para os clubes que participem na nova Champions, mas passaria a haver oito duelos na fase de grupos, ao invés dos atuais quatro, algo que é repudiado pelas Ligas Europeias. "Há o risco que a sobrecarga de jogos na época seja muito grande. Concordamos com seis partidas na fase de grupos, não com oito", justifica Olsson.

De resto, as Ligas Europeias defendem que as maiores receitas provenientes das provas UEFA podem ajudar as competições nacionais. "Se houver uma distribuição equitativa das receitas entre os clubes participantes nas provas europeias e os que não participam, confiamos que a competitividade será maior e teremos mais equipas a lutar por títulos", é explicado.

Crítica dura à Superliga Europeia

O novo modelo da Champions surgiu como resposta da UEFA à possibilidade de existir uma Superliga Europeia que contasse apenas com os maiores clubes do Velho Continente. Em conferência, o líder das Ligas Europeias foi contundente nas críticas à tal Superliga. "Se alguém ou algum clube andar a tentar organizar uma Superliga privada para os tubarões, por mim eles podem ser expulsos do futebol. Na minha opinião, a solução tem que ser diferente", concluiu.

Por Record
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