Gonçalo Borges foi um dos reforços de peso do Feyenoord para esta temporada, não só pelo valor, mas também pela receção com pompa e circunstância, que envolveu um helicóptero em pleno relvado no intervalo de um jogo. A adaptação não tem sido perfeita e o extremo sabe que o contexto que antecedeu a chegada criou expectativas elevadas, mas a única promessa que faz é que continuará a dar o máximo.  

"Tem sido um período complicado… Sei que fui uma transferência cara, com a questão do helicóptero na apresentação e tudo o resto, estou consciente disso, mas sou pago para trabalhar o máximo que posso. Se vou jogar ou não, isso não controlo. Estou aqui, sou pago para trabalhar no duro todos os dias, respeito as opções do treinador, e quero ajudar a equipa no que posso. É tudo novo para mim, estou consciente que é tudo novo, mas é um momento da minha vida e sinto que devo aproveitar isso", referiu, na antevisão ao jogo com o Sp. Braga, no qual espera grandes dificuldades.

"O Sp. Braga é uma equipa muito difícil de jogar em sua casa. Eles jogam de forma diferente este porque têm um treinador diferente, mudaram um pouco as dinâmicas e os resultados não mostram o real valor do adversário. Vai ser um jogo complicado, mas estamos aqui mostrar o nosso futebol e jogar o nosso jogo", referiu, garantindo que não deu indicações ao treinador: "Já conhece a equipa, já estudou o Sp. Braga. Vai ser um jogo difícil para nós e não há muito que possa dizer para o ajudar…"

Esta partida marcará o regresso de Gonçalo Borges a Portugal e também a reintegração nos convocados do Feyenoord, depois da ausência frente ao AZ Alkmaar, devido ao falecimento da avó. Razões que tornam este num jogo especial. "Estou bem. Obviamente que foi uma semana difícil para mim [falecimento da avó] e para a minha família. Estou preparado para amanhã e estou motivado para o jogo. Jogo especial? Sim, é especial, porque a minha avó via sempre os meus jogos, a minha família toda vai estar aqui e é um momento especial para mim e para minha família. Onde ela estiver, estará a olhar por mim e quero deixar a minha família orgulhosa. Sei que ela ficava chateada se eu não fosse a jogo e todos no clube foram importantes para me ajudar neste momento. Estarei eternamente agradecido pelo que me fizeram e quero dar o meu melhor para ajudar o clube", disse o extremo português.